Uma cantora capixaba de 23 anos denunciou ter sofrido importunação sexual por meio das redes sociais. O crime teria sido cometido por um homem desconhecido e o caso foi denunciado na última segunda-feira (28).
De acordo com a cantora, o homem a abordou pelo Instagram, no privado, e elogiou sua aparência. Ele perguntou se a mulher conseguiria “guardar” um segredo. Logo depois da interação, o suspeito enviou um vídeo explícito a ela.
Segundo a vítima, que não quis se identificar, o vídeo a deixou sem reação e logo a conversa, que mal havia começado, foi encerrada. Ela relata ter se sentido enojada e constrangida pelo ocorrido.
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“Foi um choque, eu me senti constrangida. Fiquei surpresa porque a cena foi nojenta, e eu fiquei me perguntando em que momento ele sentiu essa liberdade de mandar aquilo para mim”, disse.
Ainda de acordo com a cantora, o ocorrido foi uma invasão de sua privacidade e uma ruptura de contatos que procura manter para fomentar sua carreira profissional nas redes sociais.
“Existe uma pressão para ser agradável até para manter nosso trabalho, ali no profissional. Quando este tipo de coisa acontece é uma ruptura muito grande, entre o que você estava construindo, um contato de uma pessoa que admira seu trabalho e de uma pessoa que invade sua privacidade e comete um crime com você”, disse.
Importunação pela internet é um agravante, diz advogada
De acordo com a advogada Layla Santo, ocorrências de importunação sexual não são raras no dia a dia. Ela adverte, no entanto, que o crime cometido no ambiente digital é ainda mais grave do que aquele cometido cara a cara, nos ônibus ou no carnaval.
“Este tipo de crime, contra pessoas nas redes sociais, no meio virtual, tem uma penalidade maior, um agravante. Então nós temos a possibilidade de importunação sexual no carnaval, no ônibus, mas também temos no meio virtual, e no meio virtual, tem uma pena maior”, afirma.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informa que em 2023 foram realizados 21 boletins de ocorrência de importunação sexual no Espírito Santo. Já este ano, entre os meses de janeiro e fevereiro, foram três.
A titular da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, delegada Claudia Dematte, afirma que todos os crimes que chegam à unidade são investigados.
“A Divisão Especializada de Atendimento à Mulher continuará atuando com todo rigor, e os homens que insistirem em praticar violência doméstica contra a mulher e crimes contra a dignidade sexual, serão devidamente investigados por seus crimes inaceitáveis”
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record
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