O capitão da Polícia Militar, Evandro Guimarães Rocha, foi condenado, por unanimidade, a dois anos de reclusão por incitação à greve da PM no Espírito Santo, ocorrida em fevereiro de 2017.
A decisão, proferida na terça-feira (04), é da Vara de Auditoria da Justiça Militar do Estado, que concluiu o primeiro julgamento de um oficial acusado de participação no movimento paredista da corporação.
O capitão foi acusado pelo Ministério Público de, no dia 22 de fevereiro de 2017, ter feito duas postagens no Facebook, protestando contra sua transferência de batalhão, por ordem do Comando-Geral, e elogiando a paralisação dos militares.
O Conselho de Justiça Militar entendeu que a postagem feita por Rocha, de críticas ao Comando-Geral e ao Governo do Estado, se caracterizou como incitação ao movimento.
>> Relembre como foi a greve da PM no Espírito Santo
Na época, o acusado teve sua prisão decretada pela Auditoria da Justiça Militar, a pedido do Comando da PM, reiterado pelo Ministério Público. No entanto, a ele foi deferida a Menagem, uma espécie de prisão militar a ser cumprida no Quartel da sua Unidade.
Por se tratar de oficial, o julgamento foi realizado por um Conselho Especial de Justiça Militar, integrado pelo juiz de Direito da Justiça Militar, Getúlio Marcos Pereira Neves, um coronel, um tenente-coronel e dois majores da PMES.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados de defesa do capitão da Polícia Militar.