O professor capixaba Diogo Viola Nadai, suspeito de encomendar o assassinato da engenheira de produção Letycia Peixoto Fonseca, no último dia 02 de março, estava dividindo o mesmo teto da vítima e seus familiares, na cidade de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, nos dias que antecederam o crime.
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Letycia e Diogo, que estavam em um relacionamento de cinco anos, estavam na casa dos pais dela, enquanto preparavam a mudança para um apartamento na mesma cidade.
A engenheira foi alvejada com cinco tiros por dois homens em uma moto enquanto estava no interior de um carro, em frente à casa dos pais. A mãe, Cintia Peixoto, que conversava com a filha no momento dos disparos, também foi atingida e assistiu à filha morrer no local. Letycia estava grávida de oito meses.
“Até o primeiro momento eu pensei que eles iriam assaltar, então eu fiquei, se eles querem assaltar, eles vêm pra mim, a gente dá tudo, eu não fiz nenhum movimento, eu paro. Ele faz um movimento rápido, eu vejo ele dar o primeiro tiro na minha filha”, contou à Record TV Interior RJ.
“No momento em que a minha filha coloca a mão no rosto, ele dá o segundo tiro e eu vejo o sangue dela vazar, aí eu percebo que ele matou a minha filha” finalizou.
Daquele momento em diante, começou uma corrida contra o tempo para salvar a vida da engenheira e a do bebê, batizado de Hugo. O tio de Letycia, Célio Peixoto, levou a jovem ao hospital, lá ela passou por uma cesárea de emergência, mas nem ela e nem o bebê saíram com vida.
Dias após o crime, professor continuou na casa dos sogros
Nos dias que sucederam o ataque, Diogo permaneceu na casa dos sogros. Dormindo, fazendo as refeições e participando dos preparativos para o enterro da ex-companheira e do filho que não chegou a nascer, ele acompanhou ainda as notícias da prisão do atirador e condutor da moto.
Em imagens do funeral, ele é visto segurando o pequeno caixão branco em que estava o corpo do filho. Ao lado de familiares das vítimas, prestava suas condolências e se despedia de Letycia e de Hugo.
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“Até após o enterro ele ainda permanecia na minha casa, a última vez que o vi foi após o enterro da minha filha e do meu neto, em frente ao meu portão, me aguardando”, contou Cintia.
A prisão
O nome de Diogo não demorou a chamar a atenção da polícia, que logo trabalhou com a hipótese de crime passional. Ele prestou depoimento na última segunda-feira (06), e teve passaporte e celular apreendidos pelos policiais.
No dia seguinte, véspera do Dia Internacional da Mulher, o professor foi preso. Acompanhado de dois advogados, Diogo negou e crime e também disse não conhecer nenhum dos dois atiradores.
Também em entrevista à Record TV Interior RJ, Célio Peixoto, tio que socorreu Letycia, afirmou que sempre desconfiou do suspeito.
“Meu sobrinho ligou para ele, ele não atendeu, não respondeu WhatsApp. Quando chegou, perguntou se ela estava viva, quantos tiros tinha levado. A gente não tinha dito que ela levou tiro. Todos já sabíamos”, disse.
Até o momento, cinco pessoas já foram presas por envolvimento no crime. Além de Diogo, estão presos também o atirador, o condutor da moto, o dono do veículo usado no crime e um homem acusado de intermediar a conversa entre os assassinos e o professor.