As polícias Civil de Minas Gerais e do Espírito Santo prenderam na manhã desta quarta-feira (3), em Vila Velha, três suspeitos de aplicarem o golpe do consórcio em cidades mineiras.
Entre as vítimas estão cinco empresários de Ipanema, município localizado no interior de Minas. O prejuízo é de cerca de R$ 650 mil.
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O golpe funcionava com o chefe do grupo indo até Ipanema e oferecendo várias cartas de consórcio. Segundo a polícia, ele dizia que as cartas já estavam “contempladas”, mas que o cliente precisava dar um certo valor em dinheiro primeiro.
Interessado na proposta, o cliente fazia a transferência, mas não recebia o bem material “comprado” nem mesmo o dinheiro de volta.
“Os empresários adquiriam essas cartas de crédito dos golpistas na expectativa de obter o retorno em dinheiro através do consórcio e depois pagar o restante parcelado. Eles davam uma entrada alta em dinheiro. Algumas vítimas deram essa entrada de até R$ 250 mil, e ficaram até um ano esperando para receber a carta contemplada, mas como o retorno nunca chegava, decidiram nos procurar para denunciar o golpe”, contou o delegado Alfredo Serrano, de Minas Gerais.
Além de ir até o município de Ipanema para aplicar os golpes, os suspeitos também criaram um site para se passarem por empresas.
Durante as investigações, a polícia descobriu que dos quatro suspeitos de integrarem o bando, três moravam em Vila Velha e um em Colatina, região Noroeste do Espírito Santo.
Com apoio da Polícia Civil capixaba, os investigadores de Minas chegaram ao trio de Vila Velha e conseguiram prender um homem que seria o mentor da quadrilha e duas mulheres.
“No mês de junho, a Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Ipanema, fez contato conosco, no Espírito Santo, para denunciar a fraude que alguns empresários no interior de Minas haviam sofrido. Iniciamos as investigações, até que localizamos os envolvidos. Conseguimos os endereços deles e pedimos os mandados de busca e apreensão e de prisão à Justiça”, explicou o delegado Fabiano Alves, titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações.
Quarto acusado está foragido
O delegado Alfredo Serrano destacou que, somente em Ipanema, o prejuízo deixado pela quadrilha é de cerca de R$ 650 mil.
O quarto integrante do grupo, que mora em Colatina e não teve o nome divulgado pela polícia, é considerado foragido porque contra ele há mandado de prisão expedido pela Justiça de Minas Gerais.
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*Com informações da repórter Ana Carolini Mota, da TV Vitória/Record