Um casal foi esfaqueado logo após chegar em casa, em Jardim Marilândia, Vila Velha, na noite de sexta-feira (29). A mulher teve ferimentos leves, mas o marido dele precisou ser internado e está em estado grave.
De acordo com a vítima, a cabeleireira Regina Gonçalves, de 41 anos, o autor do crime foi um homem que trabalhava como pedreiro na casa de uma prima dela, que mora no mesmo lote residencial. Regina conta que foi ferida no braço esquerdo e também levou três facadas no seio direito e mais uma no esquerdo.
“Quando eu cheguei no portão para entrar, ele falou que a casa era dele, que eu não ia mais entrar ali. Aí eu falei: ‘não, você não tem esse direito. Você nem é da família’. Ele veio para cima de mim e foi quando meu marido foi me defender. Os dois começaram a brigar, eu fui tentar separar e não senti que tinha levado facada. Eu vi meu marido sangrando muito e quando meu marido caiu ele correu”, contou a cabeleireira.
Regina disse ainda que o marido, Rogério Gonçalves, de 41 anos, que também é cabeleireiro, está internado no hospital em estado grave. “Ele está correndo risco de vida, porque ele teve uma perfuração no pulmão e uma no peito. Ele teve mais perfurações, mas as principais são essas”.
Regina e Rogério são de São Paulo e há cerca de seis meses largaram tudo e foram morar em uma casa em Jardim Marilândia, a pedido de uma tia de Regina. A senhora teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e pediu para a sobrinha ajudar a cuidar dela.
O casal então alugou uma das casas da própria tia, que possui quatro imóveis em um lote. Eles passaram então a morar na casa de cima e cuidavam da senhora, que morava embaixo e estava em uma cadeira de rodas.
A tia ainda tem três filhas e uma dela mora no mesmo lote, mas tem dois filhos pequenos e precisava da ajuda da prima para cuidar da mãe. No entanto, de acordo com a filha mais nova e Regina, a filha mais velha da senhora não gostou da chegada da prima e decidiu tirar a mãe de casa. Há três meses a mãe vive com ela.
A tentativa de duplo homicídio é investigada pelo plantão da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Caso ninguém seja preso em flagrante, o caso será encaminhado, na próxima semana, para a Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha.