Polícia

Casal é preso na Serra e filho acusa o pai de ser o dono de quase 70 quilos de maconha

O casal estava retirando a droga da casa quando foram abordados pela polícia Foto: TV Vitória

Quase 70 quilos de maconha foram apreendidos durante uma operação da Rotam na noite desta segunda-feira (19), no bairro Serra Dourada II, no município da Serra. 

A polícia chegou ate os suspeitos através de denuncias de que um carro da cor cinza, faria uma entrega de drogas em Jacaraípe, também no município. Ao perceber que seria abordado pelos policiais, o motorista tentou fugir do local. A equipe acompanhou o suspeito até Aracruz, onde ele abandonou o veiculo.
 
No carro os policiais encontraram o contrato de aluguel com um endereço. Ao chegar no local, viram um casal colocando a droga em um outro veiculo. Eles usaram malas e bolsas de viagem para transportar os quase 100 tabletes de maconha.

O material estava com Fabiana Silva de Jesus, de 27 anos e Luiz Carlos de Jesus Santos, de 20 anos. Na residência onde estavam os 98 tabletes de maconha,  os policiais também encontraram mais de R$ 14 mil em dinheiro, 330 gramas de crack, 317 gramas de pasta base de cocaína e uma balança de precisão.

Luiz Carlos afirma ser inocente e contou que trabalha como motorista. Segundo o rapaz, ele estava apenas retirando a droga da casa a pedido do pai. “Ele falou para ir em casa e retirar a droga para não dar problema para mim. Eu fui até a casa dele e quando cheguei lá, realmente tinha uma quantidade de droga. Eu fui tirando e colocando dentro do carro”, contou.  

Fabiana é casada com o pai de Luiz Carlos e tem uma filha com ele de apenas quatro anos. Ela mora na casa onde a droga foi encontrada, mas diz que não tem envolvimento com o tráfico. “Eu não sei de nada. Não tenho envolvimento, isso é coisa do meu marido. Ele achava que era o trabalho dele ganhar a vida”, disse a suspeita. 

De acordo com a polícia, o casal está envolvido e deve ser autuado por tráfico de drogas. “Ele estava retirando a droga, se é a pedido do pai ou não, isso não faz fazer diferença no boletim de ocorrência policial. Ele realmente admitiu que estava retirando a droga de dentro de casa e vamos apresentar a Delegacia de Polícia Civil e o delegado vai tomar os procedimentos a partir daí. Quem vai capitular é o delegado, agora o tráfico de entorpecente está evidente”, destaca o capitão Mário Fernandes.

Na delegacia, Luiz Carlos fez um apelo para o pai. “Eu queria fazer um apelo para ele, para ver se ele coloca a mão na consciência e me tirasse daqui. Ele tem a consciência de que eu não tenho envolvimento nenhum com isso“, disse.