Fernando Nelson Neves Nascimento, de 37 anos, suspeito de matar o próprio filho, Bernardo Souza Nascimento, de 6 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Ele foi denunciado pelo crime de homicídio com quatro qualificadoras e uma causa de aumento: motivo fútil, asfixia, utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que era menor de 14 anos e sua descendente.
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Relembre o caso
O caso ocorreu no dia 20 de janeiro, em um prédio no bairro Jabaeté, em Vila Velha. Fernando foi preso no dia 1º deste mês confessou ter matado o filho.
Aos policiais, ele disse que deu um sedativo ao filho e, quando o menino caiu no sono, o asfixiou.
Depois do crime, de acordo com o relato de Fernando, ele foi de moto até uma praia de Itaparica. Lá, disponibilizou na internet um vídeo íntimo da ex-companheira, mãe da vítima.
A polícia informou que esse fato foi mais um comprovante de que ele teria cometido o crime para se vingar da ex, já que não aceitava o término do relacionamento.
O denunciado premeditou o crime, ao esperar que a criança dormisse e, com intenção de matá-la, asfixiou-a durante o sono. Após o crime, ele fugiu do local, mas foi preso no município de Vitória.
Ex-companheira registrou ocorrência em dezembro
Ainda segundo as investigações, a ex-companheira de Fernando havia registrado boletim de ocorrência contra o ex em dezembro de 2024. Ela afirmou que o suspeito realizava ameaças de morte contra ela e os filhos.
“Fernando não aceitava o final do relacionamento com a companheira. Ele era possessivo. Quando casal terminava, ele passava a persegui-la e procurá-la no local de trabalho e até a igreja. Mas, eles voltavam a se relacionar porque ele dizia que ia mudar. Ela tinha dependência financeira com ele porque tinham três filhos”, explicou o delegado.
Antes de ser preso, Fernando pediu um celular emprestado e ligou para mãe dele. Na ligação, o homem queria saber se a ex-esposa estava sofrendo com a morte do menino. A informação consta no boletim de ocorrência.
“Foi um crime bastante revoltante e repugnante praticado pelo pai, que tem o dever legal de cuidar e proteger o filho. Terminou matando para se vingar, por não aceitar o final do relacionamento”, finalizou.