Polícia

Caso Luísa Lopes: motorista vai a júri popular

O atropelamento que resultou na morte de Luísa Lopes aconteceu na noite do dia 15 de abril de 2022, na Avenida Dante Michelini

Adriana Fesliberto irá a júri popular

Reprodução/TV Vitória
Adriana Fesliberto irá a júri popular Reprodução/TV Vitória

Adriana Felisberto, acusada por atropelar a modelo e passista Luísa Lopes, em abril de 2022, vai a júri popular.

A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Adriana foi denunciada pelos crimes de homicídio qualificado, com os agravantes de perigo comum e uso de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, e embriaguez ao volante.

LEIA TAMBÉM:

>> Policiais entram na lama para apreender drogas na Serra

>> Polícia pede ajuda para achar suspeito de matar artista plástico em Cariacica

>> Criança que morreu no ES saiu da Bahia para escapar da violência

Segundo o MPES, ainda não é possível compartilhar mais detalhes sobre o caso, e ainda não há uma data estabelecida para o julgamento.

Relembre o caso

O atropelamento que resultou na morte de Luísa Lopes aconteceu na noite do dia 15 de abril de 2022, na Avenida Dante Michelini, em frente ao Clube dos Oficiais. A jovem andava de bicicleta, quando foi atingida pelo veículo dirigido por Adriana Felisberto.

As câmeras de videomonitoramento da via registraram o momento da colisão. Segundo a Secretaria de Segurança Urbana de Vitória, Luísa teria atravessado fora da faixa de pedestres e com o sinal aberto para os veículos.

De acordo com a polícia, a motorista do carro que atingiu a jovem apresentava sinais de embriaguez. No entanto, Adriana se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ela chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar uma fiança de R$ 3 mil.

Além dos fatos ocorridos em um bar, que foi o segundo visitado pela condutora na noite do crime, tendo sido o primeiro no bairro de Jardim Camburi, a autoridade policial destacou a frieza com que a corretora de imóveis, Adriana Felisberto, agiu diante da situação.

No inquérito, há frases da suspeita como: “eu acabei de estourar a cabeça dessa mulher aí”, “não quero saber dela não”, “ela era provavelmente uma empregada doméstica, sem importância”, “olha o que aconteceu com o meu carro”.

O indiciamento

Segundo a Polícia Civil, Adriana Felisberto, motorista do veículo que atropelou Luisa, foi indiciada pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado, por perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima na modalidade de dolo eventual, evidenciado principalmente pelo estado de embriaguez, velocidade e indiferença da indiciada com os fatos.

O delegado responsável pelo caso, Maurício Gonçalves, representou pela prisão preventiva da indiciada e pela suspensão do seu direito de dirigir.

Conforme consta no Inquérito Policial, a condutora do veículo, de 33 anos, após ingerir remédio de uso controlado e bebida alcoólica, assumiu a direção do veículo e, no momento em que trafegava pela Avenida Dante Michelini, em excesso de velocidade, colidiu contra a bicicleta conduzida pela vítima, que foi projetada contra o veículo, lançada para o alto e, na sequência, projetada contra a via, vindo a óbito.

A investigação coletou depoimentos de testemunhas, documentos e imagens de videomonitoramento, reproduzindo a sequência de fatos da noite.