A mãe de Pyetra Santos Reis, Alessandra Pinto dos Santos, de 20 anos, foi conduzida ao presídio na manhã desta sexta-feira (2) junto com o padrasto da criança, Nilson da Silva Santos, de 26. Ao contrário do que afirmaram os médicos, Alessandra afirmou que a filha chegou viva na Unidade de Pronto Atendimento de Carapina.
O casal conversou com o repórter Paulo Rogério, da TV Vitória/Record TV e ambos negaram qualquer agressão à criança. Alessandra foi questionada sobre os hematomas encontrados no corpo da filha, que segundo os médicos, morreu horas antes de dar entrada na UPA. Mas, segundo Alessandra, a filha não estava morta: “ela tava viva. Minha cunhada viu”, disse.
A mãe da criança voltou a negar qualquer agressão ou caso de maus-tratos contra a criança. Questionada sobre as marcas de agressão, ela disse “não tinha nada disso não. Eu não agredi a minha filha, jamais faria isso”. Para justificar os possíveis sinais de violência, Alessandra disse “tem quedas também. Criança brinca e se machuca”. Questionada sobre o tipo de brincadeira, ela disse apenas que “ele já falou tudo”, referindo-se ao depoimento do companheiro e também suspeito, Nilson da Silva Santos.
O padrasto da menina disse que a morte da criança foi acidental. “Foi um acidente, foi acidente”, disse Nilson. “A gente estava sentado, como (fazemos) normalmente. Aí a gente foi colocar ela pra dormir […] depois ela começou a ficar tremendo”, completou.
Questionado sobre o surgimento dos hematomas, ele disse que “ela é um menina que caía demais, demais mesmo”. Nilson ainda chegou a questionar o trabalho dos médicos legistas, que constataram que Pyetra já chegou ao Pronto Atendimento sem vida. “Eu acho que esses médicos não estão certos não. Acho que tá tudo errado, porque perante Deus não aconteceu nada disso, nada disso mesmo”.