Em uma carta enviada para a imprensa na tarde desta quarta-feira (2), Carlos Eduardo Azevedo, pai de Christian Cunha, acusado de assassinar a ex-namorada, Bárbara Richardelle, disse que a decisão da justiça foi baseada em uma denúncia mentirosa sobre uma possível fuga de Christian do Estado. Segundo Azevedo, o filho está sendo julgado pelo povo e não pela justiça.
Na carta, o microempresário rebate a versão do delegado Danilo Bahiense, que afirmou que Christian estaria sendo vigiado há dois dias pela polícia. De acordo com o pai do acusado, o filho seria apresentado espontaneamente, nesta quarta-feira, à Superintendência de Polícia Prisional (SPP). Azevedo taxou como “desnecessária” a abordagem da polícia.
No fim do texto, o microempresário pediu respeito ao filho e afirmou que a família está sofrendo com o caso. Para Azevedo, o compromisso dele com a sociedade e o do filho com a justiça serão cumpridos até o fim, independente da situação.
O crime
Bárbara Richardelle foi morta a golpes de escavadeira pelo ex-namorado, em um terreno na Praia da Costa, em Vila Velha. Uma briga do casal motivada pela divulgação de imagens íntimas da jovem teria sido o motivo do crime.
A Polícia Civil acredita que Christian Cunha teria esganado a vítima na briga. Logo em seguida, ele teria desferido golpes com a escavadeira na cabeça da jovem. Em depoimento, o acusado confessou que teria, logo após o crime, comprado um churrasquinho para comer no local.
O jovem foi preso e chegou a passar dois meses na cadeia, mas foi solto no início na noite do dia 27 de maio. Em sua decisão, a juíza alegou que Christian é réu primário e tem residência fixa.
Familiares protestam em frente ao fórum
Revoltados, familiares da jovem Bárbara Richardelle chegaram a fazer um protesto em frente ao Fórum de Vila Velha contra a soltura do suspeito. .