Aproximadamente 2,2 mil de fetos humanos foram encontrados pela esposa de um médico nos Estados Unidos. Segundo o jornal Chicago Tribune, o advogado que trabalha para a família do antigo dono da casa recebeu a informação da viúva e achou tudo preservado. O caso foi relatado pelo xerife do condado de Will, e o material foi encontrado no dia 12 de setembro.
O médico Ulrich Klopfer morreu no dia 3 de setembro. Ele foi licenciado como médico e cirurgião em Illinois, do início de abril de 1973 até o final de julho de 1990.
O advogado da família dele ligou para o escritório do legista e pediu que seja feita a remoção adequada. A esposa do médico não sabe por quanto tempo os restos fetais ficaram no local.
Vizinhos do médico o descreveram como amigável e uma pessoa doce. Porém, uma delas, Antoinette Zimmerman, confessou saber que Klopfer havia feito abortos, mas não conseguiam entender o motivo do ter mantido os fetos em casa. “Não acredito nisso”, disse Zimmerman.
Mark Archer, produtor e cineasta de Fort Wayne, alega que Ulrich Klopfer visitava sua antiga clínica de Fort Wayne toda semana, cerca de cinco anos após o fechamento da mesma. Em 11 de janeiro de 2016, foi prestada uma queixa contra o médico, dizendo que ele violou a lei estadual nove vezes por não ter fornecido pessoal qualificado para monitorar pacientes submetidos a procedimentos de aborto cirúrgico. Como resultado, sua licença foi suspensa em agosto daquele ano em Indiana.
Investigação
A família de Ulrich Klopfer coopera com a situação para que a investigação continue. O comunicado do xerife diz que não havia “evidências de que nenhum procedimento médico tenha sido realizado na propriedade”, de acordo com o comunicado.
Já a Associated Press informou que Ulrich Klopfer fez abortos em uma clínica em Gary, Indiana, e foi acusado de uma contravenção por não apresentar oportunamente um relatório público no tribunal de Lake County, Indiana. A acusação estava relacionada a um aborto que ele realizou em 2012 em uma menina de 13 anos. Outras informações apontam que Klopfer tinha três clínicas de aborto em Indiana: em Gary, South Bend e Fort Wayne.
Embora a família afirme que não tenha ideia de como o médico recém-falecido tinha mais de 2,2 mil restos fetais em sua casa, preservados de armazenados na garagem da família. “Ela não tem ideia de como eles estiveram lá e não sabe por que ele os colocou lá”, disse ele. “Ninguém sabe. Você mal podia entrar lá”, disse o advogado.
As autoridades do condado de Will disseram na segunda-feira (16) que não falariam sobre a descoberta de 2.246 restos fetais preservados até a investigação ser concluída. A porta-voz do escritório do xerife do condado de Will, Kathy Hoffmeyer, disse na segunda-feira que a investigação da casa de Klopfer é “uma situação muito sensível” envolvendo o escritório do xerife, o médico legista e os promotores.
Já em Indiana, existem quatro legisladores exigem investigação para determinar se o material foi transportado ilegalmente por fronteiras estaduais. Sobre as clínicas de aborto, o deputado estadual Ron Bacon e três republicanos divulgaram um comunicado no domingo (15) dizendo que o escritório do procurador-geral de Indiana deveria investigar os locais nos condados de Allen, Lake e St. Joseph, onde Klopfer trabalhava.