Um levantamento, realizado pela Secretária Estadual de Segurança Publica (SESP), aponta que cerca de 35 armas falsas são apreendidas por mês no Espírito Santo. De acordo com a secretaria, de janeiro até novembro deste ano, a polícia apreendeu mais 2.700. Deste número, cerca de 400 eram falsas.
O especialista em Segurança Pública Pablo Lira afirma que a semelhança com as originais é grande, o que dificulta para a vítima diferenciar o equipamento. Para ele, isso facilita a ação dos criminosos, principalmente por se tratar de uma ação inesperada. “O armamento falso muito próximo de uma arma verdadeira. Um exemplo, são as armas de prática esportiva. A ponteira destas armas são de cores alaranjadas que, muitas vezes, são pintadas pelos bandidos de cor preta, reforçando a semelhança entre elas”; explicou.
Segundo Lira, a facilidade em adquirir o equipamento falso também motiva os bandidos. “Diferente da compra de uma arma de fogo, a arma de prática esportiva é bem menos burocrática. Basta apenas comprovar a idade, que não pode ser inferior aos 18 anos. Para a posse de arma de fogo é preciso comprovar a questão de antecedentes criminais, a habilidade e o controle psiquiátrico de quem fará o uso. Além disso, o armamento falso possui o valor bem mais inferior.
Para o especialista, esse o valor mais em conta passa a ser um agravante. “O criminoso busca no mercado legal e ilegal, não só um produto para roubos. Eles avaliam também a questão do valor baixo desses armamentos”, afirma.
Punição
O especialista em Segurança Pública explica que a punição para quem faz o uso de arma falsa, com intuito de praticar roubos e furtos, é quase o mesmo diante de um julgamento. “A forma violenta é a mesma. O intuito de roubar também. A partir do momento que se usa de violência, o crime é o mesmo e fazer uso de porte ilegal é crime”, disse.
O especialista conta que, independente do armamento, sendo falso ou não, deve ser denunciado e julgado. “De acordo com o Código Penal, artigo 157, ele inicia uma pena mínima de quatro anos, podendo chegar aos 10. Entra também a analise dos agravantes, que pode chegar até aos 15 anos de punição”.
Alerta
O especialista alerta que a vítima nunca venha reagir diante de um assalto. Para ele, em momentos como este, não se deve levar em conta a sorte. “A vítima, naquele momento de surpresa, não terá certeza de arma falsa ou não. Portanto, deve se manter a calma diante de qualquer situação perigosa. Entregue os pertences. Normalmente o criminoso já reage de forma agressiva”, reforça.