A comunidade do bairro Jardim Camburi, em Vitória, está assustada com os crimes registrados na região. Somente na última quarta-feira (29), uma padaria recém inaugurada foi assaltada e um rapaz, suspeito de furtar bicicletas, detido. Por causa dos crimes, quem depende de ônibus teme ser assaltado durante à noite.
A auxiliar de serviços gerais, Juventina dos Santos, diz que tem medo de ficar sozinha esperando o ônibus à noite. “Demora uns 10 a 15 minutos para chegar o ônibus, e eu preciso ficar aqui esperando. Com medo”, diz.
Perto de onde Juventina aguardava o ônibus, uma padaria foi assaltada, por volta das 20h30 da última quarta-feira. Dois homens armados entraram, renderam os funcionários, levaram dinheiro do caixa e fugiram. O comércio funciona há pouco mais de uma semana. Assaltos como este preocupam a comunidade.
“Se você for andar pelo comércio do bairro, ninguém se arrisca a ficar aberto após as 21 horas. O comerciante está fechando as portas por medo. Então, a população que gostaria de comprar um pão, um remédio, não consegue mais. Antigamente o comércio ficava aberto até as 22 horas”, diz o líder comunitário Evandro Figueiredo.
O bairro de classe média, que é um dos maiores de Vitória, é movimentado durante à noite. Na saída de uma faculdade, por exemplo, o número de pessoas aumenta, mas, em outros pontos, as ruas chegam a ser desertas.
A polícia também deteve na noite da última quarta-feira um homem suspeito de furtar bicicletas de dentro de prédios. O rapaz foi levado para a delegacia onde foi reconhecido por três vítimas.
O suspeito é Daniel Pinto Ribeiro, de 27 anos. Segundo a polícia, o acusado era morador de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, mas, depois de detido, foi constatado que o rapaz possui dois mandados de prisão em aberto por furto, no Rio de Janeiro.
O suspeito foi levado para o presídio de Viana, na Grande Vitória.
“Nós acreditamos que com a unidade de polícia ficando pronta, e as câmeras de videomonitoramento do bairro sendo projetadas dentro da unidade da polícia, a tendência é que seja feita um monitoramento tático no bairro”, completa o líder comunitário.