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Comerciante é apontado como líder de quadrilha que aplicava golpes bancários no ES

De acordo com a Polícia Federal, o homem, que não teve a identidade revelada, é dono de um comércio em Vila Velha e já havia sido preso no Pará

Foto: Divulgação/Polícia Federal

Um comerciante de 35 anos, morador de Vila Velha e natural do estado do Pará,  é apontado como líder de uma quadrilha que cometia fraudes bancárias nas cidades de Vila Velha, Serra, Cariacica e Guarapari, no Espírito Santo. 

De acordo com a Polícia Federal, o homem, que não teve a identidade revelada, é dono de um comércio em Vila Velha e já havia sido preso no Pará há cerca de 15 anos por conta do mesmo crime. 

“Ele já reside há alguns anos no município de Vila Velha, é um jovem. Ele tem um negócio lícito, é um comerciante, tem um empreendimento em Vila Velha, só que ele já comete este tipo de crime recrutando, criando documentos falsos, dando golpes em bancos há mais de 10 anos. Ele é originário do Pará, onde também já foi preso por esse tipo de crime e está atuando também criminosamente aqui no Espírito Santo”, relatou o delegado Lorenzo Espósito, responsável pelo caso. 

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Foto: Divulgação/Polícia Federal

De acordo com a Polícia Federal, o grupo criava pessoas físicas fictícias, com documentos falsos, para obter empréstimos e financiamentos bancários fraudulentos. Com isso, as instituições financeiras não conseguiam cobrar pelos empréstimos feitos.

Em outra modalidade da fraude, os acusados abriam novas contas bancárias se passando por pessoas que já possuíam saldos de FGTS ou aplicações financeiras com altas quantias depositadas e depois promoviam o saque dos valores capitalizados com o golpe, segundo informou a PF.

Ainda de acordo com o delegado, a investigação aponta que os suspeitos agiram somente no Espírito Santo, em diversas agências bancárias espalhadas por municípios da Grande Vitória. 

A participação de contador e bancário no esquema criminoso

Na manhã desta terça-feira (28), a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão contra seis suspeitos de envolvimento nos crimes investigados, dentre eles, um contador e um bancário. 

Segundo o delegado, o contador é suspeito de criar os documentos falsos utilizados para a aplicação dos golpes. Já o bancário seria responsável por abrir as contas fraudulentas nas instituições bancárias. 

“Esse contador auxiliava na criação desses documentos e o funcionário de banco atuou em algumas das fraudes, facilitando, aceitando a abertura das contas com documentos falsos e ganhando uma comissão”, explicou. 

Na residência do contador, foram encontrados, impressoras, documentos e comprovantes de residência falsificados, documentos em branco para adulteração e guilhotinas para o corte de papel. 

Os integrantes do grupo criminoso, segundo a polícia, vão responder por estelionato, associação criminosa e fraudes documentais, eventualmente praticados.

A pena prevista para os crimes de estelionato e falsificação de documentos é de reclusão de um a cinco anos, e pagamento de multa. Para o crime de associação criminosa, a pena vai de um a três anos, além da multa.

*Com informações da repórter Keila Lopes, da TV Vitória/Record 

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