A Comissão de Defesa da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB-ES), autorizada pela própria OAB-ES a acompanhar o caso da médica Milena Gottardi, assassinada no último dia 14 de setembro no Hospital das Clínicas, ainda não conseguiu acesso ao inquérito.
Por meio de nota, a OAB-ES afirma que entende que se o inquérito é público, a portaria de nomeação da Comissão é suficiente para que a mesma tenha acesso ao inquérito.”Contudo, se for necessário algo a mais, a Diretoria vai se empenhar para encontrar, em conjunto com a Comissão, uma saída”, declarou a OAB-ES.
OAB diz que Comissão da Mulher Advogada não precisa de autorização para atuar
Em reunião convocada pela OAB-ES para esclarecer acerca das decisões do Conselho Seccional sobre o acompanhamento do caso Milena, ocorrida na última segunda-feira (25), a vice presidente da OAB-ES, Simone Silveira, disse que a Ordem tem autonomia para decidir quais casos precisam de acompanhamento e que a intenção é acompanhar todos os casos de feminicídio.
No mesmo dia, a OAB-ES publicou uma nota ratificando que a Comissão de Defesa da Mulher Advogada, a Comissão de Direitos Humanos e a Comissão de Defesa das Prerrogativas Profissionais, não carecem de autorização para atuar. “Não houve decisão da OAB/ES impedindo a atuação da Comissão de Defesa da Mulher Advogada ou de qualquer outra, inclusive em respeito à autonomia regimental”, esclareceu a Ordem na nota.
O crime
A médica Milena foi baleada no último dia 14, ao sair do plantão no Hospital das Clínicas (Hucam), em Vitória. No dia do crime, ela estava acompanhada por uma colega de trabalho, que pegava carona. Milena foi atingida por um disparo na cabeça, e a colega conseguiu escapar.
A vítima chegou a ser socorrida em estado grave para um hospital particular da capital. Na última sexta-feira (15), a equipe médica confirmou a morte de Milena por edema cerebral difuso (por conta da extensão do dano).
