A polícia acredita que os criminosos envolvidos no confronto que deixou cinco mortos na noite desta segunda-feira (14) no Morro do Macaco, em Vitória, queriam proteger uma liderança do tráfico vinda de Minas Gerais e que tentava retomar o controle da venda de drogas na região.
A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Alexandre Ramalho. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
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De acordo com o secretário, o suspeito apontado como liderança do tráfico na região tinha passagens pela Justiça em Minas Gerais. Ele, que foi morto no confronto, havia sido solto em março de 2022 e, desde então, atuava na Capital capixaba.
“Dos cinco envolvidos que vieram a óbito, três já temos a confirmação de envolvimento direto com crimes no Espírito Santo e em outros estados. Um deles, uma liderança da região, até março de 2022 estava preso em Minas Gerais e depois retornou ao Estado para retomar a liderança do tráfico. Talvez por isso a intensidade dos tiros, para que essa liderança conseguisse fugir“, disse Ramalho.
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O confronto começou quando uma equipe da Força Tática chegou ao Morro do Macaco. Ramalho explicou que a equipe foi para o alto do morro após receber informações de que criminosos estavam concentrados em um ponto conhecido por armazenar armas e entorpecentes.
“Nossa inteligência recebeu informação de que criminosos estavam concentrados no alto do Morro do Macaco, local que nossos cães farejadores normalmente encontram toneis enterrados com armas de fogo ou com drogas. Imediatamente uma equipe da Força Tática subiu e, quando chegou, fomos recebidos com vários disparos”, disse o secretário.
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Durante o confronto, um dos suspeitos tentou jogar uma granada contra os militares. O comandante-geral da ´Polícia Militar, coronel Douglas Caus, destacou que o artefato poderia matar vários policiais, caso fosse detonado.
“Um dos indivíduos, inclusive, durante a ação da Polícia Militar, pegou uma granada e ia jogar contra os policiais militares. Ele foi alvejado. Vale ressaltar a audácia desses indivíduos em tentar lançar uma granada, que, se detonada, poderia matar vários policiais militares“, disse Caus.
A granada foi detonada pelo Batalhão de Missões Especiais (BME). Nesta terça-feira (15), o policiamento foi reforçado na região.