Polícia

Continua audiência de instrução do caso da morte dos irmãos em Linhares

A nova etapa começou nesta terça-feira. Peritos que atuaram no caso são ouvidos nesta nova fase

Foto: Divulgação

Continua, nesta quarta-feira (12), a audiência de instrução sobre o caso da morte dos irmãos carbonizados em Linhares. A nova etapa começou nesta terça-feira (11), quando foram intimadas as testemunhas do Departamento de Perícias e Incêndios e Explosões do Corpo de Bombeiros.

A audiência é realizada na 1ª Vara Criminal, no Centro, a partir das 13 horas, requerida pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Nesta quarta, quando peritos da SPTC e do Departamento Médico Legal (DML) foram intimados: Victor Santos Stange, Eduardo Tavares Cunha, Vinícius Médici de Oliveira e Rondinelly Ribeiro do Nascimento, todos em serviço à SPTC. Lotados no DML, foram intimados Josidéia Barreto Mendonça, Rogério Piontkowski e Jauber Fornaciari Pissinate.

Sobre a audiência ocorrida nesta terça-feira, o advogado que defende a família dos meninos disse que foi bem significativa, pois os peritos falaram coisas enriquecedoras e que participaram de todo o processo de investigação e ajudaram a concluir o inquérito que apontou a participação de Georgeval Alves no caso da morte dos irmãos.

Testemunhas que estavam na audiência disseram que George e a esposa, Juliana Salles, ficaram próximos durante todo o tempo da audiência, estando separados apenas por um advogado. O casal deve ser ouvido a partir do mês de fevereiro. A expectativa é que eles falem sobre o que aconteceu, mas o depoimento é opcional.

O crime

O pai de Joaquim e padrasto de Kauã, Georgeval Alves, é suspeito de molestar, agredir e atear fogo nos meninos, que morreram carbonizados. Ele é marido de Juliana e foi preso dias depois do incêndio.

Veja a cobertura completa do caso da morte dos irmãos em Linhares

A morte dos irmãos aconteceu em Linhares, Norte do Espírito Santo, na madrugada do dia 21 de abril. Na ocasião, a mãe das crianças estava em viagem para um congresso religioso em outra cidade. Na casa, os meninos estavam sob os cuidados de Georgeval.

Após o incêndio, os corpos carbonizados dos irmãos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, onde foi necessária a realização de exames de DNA para identificação.

Na segunda-feira seguinte ao incêndio, o pastor George e a esposa, Juliana Salles, mãe das crianças, estiveram no DML para o recolhimento de material para realizar os exames de DNA. Na ocasião, George relatou para a imprensa o que teria acontecido na noite do incêndio.

Juliana Sales foi presa, pela primeira vez, no dia 20 de junho, na casa de um amigo da família, em Teófilo Otoni, Minas Gerais. Ela permanece em um presídio da cidade. Segundo a decisão da Justiça, Juliana sabia dos “supostos abusos sexuais” sofridos pelos filhos e ela, em parceria com o marido, Georgeval Alves, tinha planos de usar a morte das crianças como forma de ganhar notoriedade e ascensão religiosa. Posteriormente, ela foi liberada, mas detida novamente no dia 15 de novembro, em Minas Gerais. Ela deu entrada no Sistema Prisional do Espírito Santo na última sexta-feira (07).