Um corpo foi encontrado dentro de um apartamento em Jardim Camburi, Vitória, na tarde desta quinta-feira (01). De acordo com vizinhos, na residência morava uma travesti, identificada apenas como Alvari. Ela estaria desaparecida há cerca de três meses.
A polícia não confirmou se o corpo encontrado é mesmo o de Alvari, já que ele estava em avançado estado de decomposição. No entanto, vizinhos garantiram que se tratava da travesti. Inclusive uma irmã dela teria ido ao local e a reconhecido.
Ainda não se sabe a causa da morte. Segundo a polícia, não foi encontrada nenhuma perfuração no corpo. No entanto, a perícia ainda vai averiguar se a vítima foi morta por outro meio, como envenenamento ou estrangulamento. O corpo foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
Vizinhos disseram que sentiram um mau cheiro de dentro do apartamento e chamaram a Polícia Militar. Ainda segundo os moradores do condomínio, localizado na Rua Antônio Engrácio da Silva, pelo mau cheiro e o estado avançado de decomposição do corpo, é possível que a tenha morrido há mais de uma semana.
Uma vizinha da vítima disse que ela era uma pessoa bastante reservada e morava sozinha. A vizinha disse ainda que os moradores se queixavam de um mau cheiro no condomínio há cerca de uma semana, mas não imaginavam que poderia ser uma pessoa morta.
“Na quinta-feira passada cheguei em casa com minha irmã e ela disse que estava sentindo um cheiro ruim. Falei com ela que poderia ser de rato morto, já que haviam feito a desratização do condomínio há pouco tempo”, disse.
No entanto, no início da tarde, ao saberem que a travesti estava desaparecida há alguns dias, os vizinhos foram até a porta do apartamento dela e a chamaram, mas ninguém respondeu. Como o mau cheiro era muito forte, a polícia foi acionada, entrou na residência e encontrou o corpo estendido no chão da cozinha.
“Meu marido viu na televisão, na hora do almoço, que ela estava desaparecida e fomos lá chamar ela. Outros vizinhos apareceram também e disseram que já estavam sentindo o mau cheiro há alguns dias. Acionamos a polícia e os policiais desconfiaram que poderia se tratar mesmo de um cadáver. Chamamos um chaveiro, entramos no apartamento e vimos o corpo já em estado avançado de decomposição”, contou.
A vizinha disse ainda que a irmã de Alvari esteve no local e disse que a vítima sofria de pressão alta e tinha problemas cardíacos. Além disso, ela estaria passando por um momento de depressão. Ela era uma pessoa bastante reservada e não se relacionava com nenhum vizinho. Era só mesmo bom dia e boa noite. Ela saía de manhã para trabalhar e voltava à noite e eram nesses momentos em que eu encontrava com ela”, disse.