Perseguição

Corregedoria vai apurar se policiais perseguiram advogada e instalaram rastreador

A advogada havia saído de um presídio e notou que estava sendo seguida por dois veículos. Os ocupantes seriam policiais

Polícia Civil Departamento Médico Legal Dml
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

A Corregedoria da Polícia Civil vai apurar se há envolvimento de policiais no caso da advogada criminalista que foi perseguida por dois veículos e teve um rastreador instalado em seu carro após deixar um presídio no Espírito Santo. O caso foi registrado na última sexta-feira (07).

Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Espírito Santo (OAB-ES), a advogada, que não será identificada por questão de segurança, estacionou em um shopping na Serra e entrou em contato com outros colegas.

Esses, também advogados, viram o momento em que um homem se aproximou e instalou um equipamento de rastreamento no veículo.

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Esses colegas de profissão também confirmaram se tratar de policiais e, segundo a OAB, até poderão fazer reconhecimento se necessário.

Diante da situação, a advogada acionou a Comissão de Prerrogativas da OAB-ES e dirigiu-se imediatamente à delegacia, onde registrou um Boletim de Ocorrência.

Rastreador instalado em carro de advogada
Rastreador instalado em carro de advogada. Foto: Divulgação/ OAB-ES

Após a repercussão do caso, a Polícia Civil informou que o caso foi encaminhado para a Corregedoria da corporação, que irá apurar se há envolvimento de policiais civis e buscar a identificação do autor do fato.

Caso seja constatado, a investigação será conduzida com o máximo rigor. As apurações já estão em andamento e para que a investigação seja preservada, nenhuma outra informação será repassada, finaliza o órgão em nota encaminhada à reportagem do Folha Vitória.

Perícia foi acionada para investigar o caso

Ainda segundo a OAB, no último sábado (8) uma perícia foi realizada na presença da advogada que foi vítima da perseguição; da presidente da Ordem, Erica Neves; do presidente da Comissão de Prerrogativas, Glauco Reis; e o secretário adjunto da Comissão, Fábio Marçal.

O equipamento de rastreamento foi identificado e acautelado pelas autoridades competentes. O caso está sendo tratado pela Corregedoria da Polícia, e a OAB-ES seguirá acompanhando de perto o desdobramento das investigações, pois trata-se de uma violação gravíssima contra a advocacia, diz texto da OAB-ES.