O servidor municipal de Domingos Martins, de 39 anos, encontrado carbonizado e com os pés amarrados dentro de casa, no último dia 16 de outubro, na localidade de Paraju, foi assassinado por um casal de amigos após comentar sobre o canto de um pássaro.
Em coletiva na manhã desta segunda-feira (24), o titular da delegacia de Domingos Martins, delegado Geraldo Peçanha, contou que a vítima, identificada como Silvio Trabach Stein, havia saído de um forró e estava usando drogas em casa, junto com o casal, quando escutou um pássaro cantar e disse: “Quando esse pássaro canta, é sinal de que alguém vai morrer”.
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Diante disso, segundo o delegado, o outro homem sentiu-se ameaçado e deu um golpe de mata-leão em Silvio, que desmaiou. A mulher então, teve a ideia de amarrar os pés da vítima e atear fogo na casa. Em seguida, os dois fugiram.
Um dia após o crime, a polícia esteve no local do crime, onde as equipes conseguiram identificar o homem, de 35 anos, e a mulher, de 23 anos, através de imagens de câmeras e depoimentos de testemunhas.
“Na segunda-feira, representamos pela prisão temporária dos dois envolvidos. A mulher foi presa na terça e o homem se apresentou na delegacia na quarta-feira. Os dois foram interrogados, confessaram a participação no crime e as versões dos dois são idênticas sobre a motivação, que seria o fato de que a vítima teria mencionado que o canto de um pássaro sinalizava que alguém iria morrer. O homem disse que entendeu isso como ameaça, deu um mata-leão nele, entrou em luta corporal e ele desmaiou. A mulher que estava com ele teve a ideia de amarrar os pés de Silvio e colocou fogo na cortina da casa, incendiando a residência e o corpo”, contou o delegado.
Em depoimento, segundo o delegado, a mulher disse que, diferente do homem, não se sentiu ameaçada. Ela afirmou ainda que a vítima seria incapaz de matar um pássaro e que o comentário feito por ele não representava uma ameaça.
O delegado destacou que o casal está preso temporariamente. O inquérito ainda não foi concluído, mas os dois devem ser indiciados por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e torpe e cruel.
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