Quatro suspeitos de integrarem uma quadrilha que traficava drogas na Grande Vitória foram detidos durante uma operação da Polícia Civil em Vila Velha e Cariacica. De acordo com a polícia, os criminosos alugavam casas para comercializarem as drogas e, logo depois, deixavam o imóvel, na tentativa de não serem pegos pelos policiais.
Três dos suspeitos foram detidos na quarta-feira (18), no bairro Jardim Marilândia, em Vila Velha: Hoenes Casotti Barnabé, de 33 anos, Weverton Dias de Oliveira, de 30, e um adolescente de 15 anos. Eles foram encontrados dentro de uma casa, onde foram encontrados 48 kg de maconha, divididos em 55 tabletes; cinco cargas da mesma drogas, para preparo; 26 gramas de crack; balança de precisão; uma faca e material para embalo.
Durante a ação em Jardim Marilândia, um detalhe chamou atenção da polícia: na residência onde era a feita a negociação não havia nenhum móvel ou eletrodoméstico. Segundo o delegado João Paulo Pinto, o local era utilizado apenas para embalo e venda das drogas.
“Eles alugam residências, mas ninguém mora nessas residências, que servem só para guardar o material. A gente teve que ficar encampanando a casa até chegarem os traficantes, para a gente conseguir identificar qual era a casa e fazer a prisão”, frisou.
Já em Nova Esperança II, em Cariacica, a polícia encontrou um revólver calibre 32 e quatro munições com Weliton Gomes de Paula, de 23 anos. A arma, segundo o delegado, está registrada no nome de outra pessoa, que seria moradora de São Paulo.
“A gente está entrando em contato com a Polícia de São Paulo para conseguir essas informações precisas, mas ela provavelmente é fruto de roubo ou de furto. Ele até confessa que, quando comprou a arma, comprou de um caminhoneiro, de forma que ela não foi comprada de uma forma oficial”, disse João Paulo Pinto.
Os envolvidos foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana. Segundo a polícia, Hoenes e o Weverton responderão por tráfico e associação ao tráfico de drogas e Weliton, por aporte ilegal de arma e receptação. Já o adolescente foi reintegrado à família.
“Infelizmente nossa legislação só permite que a gente apreenda o menor de idade quando ele comete um crime com grave violência ou ameaça, ou quando existe risco para a própria vida dele de permanecer solto, o que não era o caso. Então a maioria dos adolescentes que são presos por tráfico de drogas não estão cometendo crimes com grave ameaça ou com violência. Então a gente teve que fazer um procedimento, que se chama boletim de ocorrência circunstanciado, entramos em contato com a família e ele foi devolvido”, disse o delegado.
De acordo com João Paulo Pinto, a investigação vai continuar. Há suspeita de que outras pessoas podem estar envolvidas com os suspeitos que foram presos.
“A gente acredita que ainda há outras residências com outras drogas. A quadrilha é maior, a gente não prendeu a quadrilha inteira. A gente vai intensificar nossas investigações para tentar desbaratar essa quadrilha e apreender mais e mais drogas”, garantiu.
