Dois criminosos invadiram uma casa no bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha. Oito pessoas da mesma família foram feitas refém. Os bandidos roubaram os pertences das vítimas e fugiram com o carro da família. A invasão aconteceu na noite deste domingo (11).
Uma das vítimas, uma farmacêutica, de 40 anos, foi levada com os criminosos no carro, mas depois foi liberada na Rodovia do Sol.
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A residência conta com um portão nos fundos, com acesso direto para a praia. Foi por esse portão que os criminosos entraram e renderam os moradores que estavam na casa. Eles haviam acabado de receber um lanche pelo portão da frente.
Segundo o funcionário público, após receberem o lanche e voltarem para casa, ao fecharem a porta, os criminosos apareceram armados.
Oito pessoas estavam na casa: um casal de idosos, ambos com 70 anos, as duas filhas e o genro e uma adolescente de 14 anos e duas crianças de 7 e 5 anos.
“Todos foram rendidos. Minha esposa e a filha do meio ficaram trancada no quarto para ver se eles iam embora. Eles fizeram ameaças, até que conseguiram fazer elas saírem”, contou a vítima.
Todos ficaram na sala, sob a mira de uma arma de fogo, enquanto os criminosos reviravam a casa. Eles pegaram 4 celulares, 3 TVs e dinheiro.
“Sempre gritando: ‘Eu vou atirar, eu quero dinheiro, eu quero a chave do carro, vou atirar'”, falou a vítima sobre os criminosos.
Os bandidos permaneceram dentro da casa por aproximadamente 40 minutos. Depois que os pertences foram colocados no carro, eles pediram a chave do veículo. Mas no meio dessa confusão toda, a chave desapareceu.
Um dos suspeitos então pegou um facão, apoiou a mão de uma das mulheres em cima de um teclado e ameaçou cortar um dos dedos dela, caso as vítimas não encontrassem a chave.
“Eu peguei, desesperada, as crianças no quarto chorando. Eu corri e enfiei a mão debaixo na colcha e estava a chave, aí eu entreguei para ele”, destacou a farmacêutica.
Dos dois carros da família, os criminosos escolheram o que não sabiam dirigir: o automático. Eles pediram ajuda e exigiram que uma das vítimas fosse junto com eles para ensiná-los a guiar o veículo.
“Chegando perto do posto na BR, tinha uma viatura passando, só que eles mandaram eu abaixar, ai eu abaixei. Eles foram falando: ‘Que assalto difícil, tudo difícil!'”, disse a vítima.
A farmacêutica foi abandonada na Rodovia do Sol, na altura de Interlagos, e voltou a pé para casa, em um trajeto que durou cerca de 30 minutos. Ela contou que viveu momentos de terror com os familiares.
A família é de Minas Gerais e se mudou para o Espírito Santo há dois anos. A intenção era fugir da violência e ficar mais perto do mar, por isso escolheram Ponta da Fruta, mas não conseguiram escapar da criminalidade.
*Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória/Record TV.