Polícia

Crueldade: mulher agredida pelo namorado depende de cuidados da família e vive em cadeira de rodas

A vítima foi agredida com cacos de vidro e ficou em coma durante 10 dias. Depois de mais de um mês internada, ela depende de cuidados de sua família

Foto: Reprodução TV Vitória

Um relacionamento amoroso pode trazer muita felicidade para a vida, mas, em alguns casos, o sonho encantado pode virar um pesadelo. No caso da atendente Edna Santos de Oliveira, de 32 anos, foi o que aconteceu. Ela foi agredida pelo namorado com socos, pontapés e cacos de vidro. Depois de mais de um mês internada em um hospital de Vitória, ela recebeu alta, mas a situação é preocupante e deixou sequelas. Atualmente, a vítima está em uma cadeira de rodas, sob os cuidados da família.      

Durante o tempo em que esteve internada, Edna ficou 10 dias em coma. “Quando cheguei ao hospital, vi minha filha quase morta. Ela mal respirava”, conta a pensionista Anelira Santos de Oliveira.   

Foto: Reprodução TV Vitória

O sofrimento também é relatado pelo irmão da vítima. “A minha irmã não anda e não mexe os braços”, relata o caminhoneiro José Antonio Santos de Oliveira.     

A mulher ficou nessas condições depois de ser espancada pelo namorado, no dia 20 de janeiro, quando estava morando em Vila Merlo, Cariacica. O suspeito utilizou cacos de garrafa de cerveja para agredi-la. 

Na época, testemunhas contaram que viram os dois discutindo na rua, depois de beberem muito. 

Dias depois, o acusado foi preso na zona rural de Cariacica. O motivo da agressão, segundo a polícia, teria sido ciúme. 

“Segundo a versão dele, a vítima quebrou um casco de bebida e partiu pra cima do acusado. Nesse momento, ele a pegou pelo pescoço e a jogou no chão. Ele contou que socou a cabeça dela várias vezes no chão, pisou na cabeça dela e deu golpes com o casco de cerveja. Ele só parou quando ela desfaleceu e ele acreditou que ela estava morta”, contou a delegada Raffaela Aguiar. 

Atualmente, Edna está vivendo com a família em Nova Venécia, no Norte do Estado.  Na época do crime, ela estava na Grande Vitória em busca de oportunidade de trabalho e melhor condições de vida.  “Ela estava em Vitória para trabalhar”, disse o irmão da vítima.   

De acordo com a família, o suspeito nunca aparentou ser violento.  Porém, alguns dias antes do crime,  havia se mudado para a casa de Edna, contra a vontade dela. “Ela havia contado que não o queria na casa dela”, acrescentou o caminhoneiro.