O delegado especializado em segurança patrimonial Henrique Vidigal conversou com a equipe da TV Vitória na manhã desta quinta-feira (18) sobre os arrombamentos ocorridos na Grande Vitória. Ele participa de várias Investigações ligados a roubos no Centro da Capital. De acordo com o delegado, a polícia precisa do apoio da sociedade para dar respostas mais rápidas e trazer soluções imediatas para esses crimes.
Nesta madrugada, mais uma loja foi arrombada no Centro de Vitória. Os suspeitos danificaram a porta de aço do estabelecimento. A tentativa de roubo aconteceu por volta das duas horas da manhã. A população que frequenta o comércio do Centro, afirma sentir medo devido a sequência de roubos que acontecem na região.
Segundo o relato de testemunhas, desta vez, dois homens tentaram ter acesso ao local forçando a porta do estabelecimento. A loja fica na Avenida Jerônimo Monteiro, no Centro de Vitória. No local são comercializados móveis e eletrodomésticos. O segurança da loja informou que nada foi levado pelos criminosos.
Moradores e comerciantes do Centro afirmaram que no começo deste ano, suspeitos arrombaram a porta do comércio com um carro roubado. O gerente da loja contou que na época o bando levou televisores e outros aparelhos eletrônicos.
Devido os inúmeros arrombamentos registrados, um grupo de trabalho foi criado para tentar combater esses crimes. De acordo com informações do diretor da CDL Vitória, Sidney Ferreira, esse grupo já conseguiu identificar alguns assaltos. Segundo ele, a Polícia Militar, a Guarda de Vitória e Polícia ´Civil já vêm atuando com mais frequência através de blitse durante a madrugada. Sidney afirma que a ação dos militares têm ajudado muito na segurança da Capital. “A guarda tem trabalhado muito nas ações de arrombamentos e no trabalho de identificar criminosos durante a madrugada. Por isso acredito que tenha surgido algum efeito nas ocorrências”, disse.
Ainda com informações de Sidney, novos furtos acontecem na Grande Vitória por conta dos receptores que fortalecem esses assaltos na região. Para ele, se os receptores não existissem, provavelmente não aconteceria o aumento de registros de roubos. ” Acabando com a receptação de produtos furtados, certamente acabariam com a frequência de assaltos”; afirma.
O delegado especializado em crimes patrimoniais, Henrique Vidigal, explicou para a população durante uma entrevista coletiva, o fato de atrasos no atendimento relacionados nestas ocorrências. De acordo com ele, a Polícia Civil trabalha com o sistema pós-crime, ou seja, posterior aos fatos. ” A PC não trabalha de maneira online, nós não trabalhamos no momento do crime. Por conta disso que existe esse pequeno atraso no intervalo de acionamento a polícia, até chegarmos ao local do crime”, explica.
O delegado fez um apelo e pede colaboração da sociedade. De acordo com ele, o contato através do disque-denuncia (181), do site da polícia ou os telefones de atendimento a população, são as maneiras que ajudam para a solução dessas ocorrências. O delegado ressalva que através desses canais, pode ser enviado vídeos e fotos, o que ajuda na agilidade do processo. Segundo ele, o apoio da população é um dos fatores fundamentais para a solução dos crimes patrimoniais.