O filho do pedreiro Laurentino Dubke, de 37 anos, assassinado a tiros após uma discussão com um vizinho em Viana, presenciou o crime e ainda tentou socorrer o pai.
O pedreiro criava sozinho o filho, de dez anos, e a filha, de oito anos. O menino conta que o momento em que o pai foi morto ficará para sempre na lembrança. “Ele atirou no meu pai duas vezes, e o terceiro tiro quase me acertou. Eu fui socorrer o meu pai, mas não deu tempo, só deu tempo de eu falar tchau papai”, disse.
Abalado, o filho conta que vai guardar as melhores lembranças do pai. “Ele era meu amigo, meu irmão, meu pai, minha mãe, cuidava de mim, nunca me deixou faltar nada. Eu nunca vou conseguir viver sem ele, ele era muito amigo pra mim. Toda vez que eu sento no lugar onde eu sentava com ele, o vejo brincando comigo”, conta.
A família acredita que o pedreiro morreu por causa de uma intriga, provocada por uma mulher com quem ele se relacionava. Ela teria ligado para Laurentino e dito que um conhecido comentou que ele estava se relacionando com outras mulheres.
O filho relata que, após suspeitar de uma pessoa que teria feito a intriga, o pedreiro foi tirar satisfação. “Ele foi lá falar com o homem, perguntar se isso era verdade. O homem disse que não era verdade e meu pai disse que não acreditava nele”, afirma.
Segundo a avó do menino, o relacionamento de Laurentino com a mulher era conturbado e reprovado pela família. “Ela era mãe solteira, com duas filhas. Ela estragou a vida do meu filho. Ele ficava apaixonado por ela, corria atrás. Mas ela não queria compromisso”, conta.
O velório de Laurentino Dubke será realizado na Capela do Centro de Marechal Floriano e o enterro será no Cemitério Municipal.
O crime
O pedreiro foi assassinado a tiros na frente do próprio filho de apenas 10 anos na noite desta quarta-feira (30), no bairro Bom Pastor, em Viana.
De acordo com moradores, Laudemiro estava com o filhos em um bar. Quando voltavam para casa, ele foi abordado pelo suspeito. Os dois discutiram e, em seguida, Laudemiro foi atingido por um tiro. O criminoso ainda atirou contra a criança. “O filho que gritou para ele não morrer. Quase que ele morre junto. Dizem que ele deu dois tiros no menino, só não pegou”, contou a moradora Cléria Nunes.
A polícia já tem um suspeito de ter cometido o crime, que seria um vizinho da vítima. Os dois eram amigos, mas estariam se desentendo. O suspeito fugiu do local onde o homicídio aconteceu. A polícia fez buscas e, na casa dele, encontrou munição de espingarda calibre 32.