Um detento, identificado apenas pelas iniciais L.R.M., foi morto com um tiro ao tentar fugir da cadeia no sábado (20). Condenado por roubo, ele estava detido na Penitenciária Regional de Linhares (PRL), na região Norte do Espírito Santo.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e da Polícia Penal do Espírito Santo (PPES), o detento tentou alcançar a muralha, que fica localizada nos fundos da penitenciária. O caso aconteceu no final da manhã de sábado e a unidade tem presos do regime semiaberto.
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“Policiais penais advertiram e perseguiram o detento dando inúmeras ordens de parada, que não foram acatadas pelo interno. Na ação foi realizado disparo de arma de fogo, atingindo o interno”, diz a nota encaminhada pela Sejus.
O preso baleado recebeu os primeiros socorros no local e foi levado ao Hospital Rio Doce, mas não resistiu ao ferimento. A Secretaria de Justiça destacou que L. R.M. estava preso desde 28 de novembro de 2017 por roubo.
O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, disse que um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) será aberto para apurar todas as circunstâncias do fato.
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“É atribuição do policial penal atuar pela segurança da unidade e impedir que fugas aconteçam. O policial está amparado pela excludente do estrito cumprimento do dever legal e pode fazer uso da força, quando necessário. Entretanto, é preciso esclarecer completamente como e o que motivou o disparo. Lamentamos profundamente o desfecho da ocorrência, com um final tão grave e sempre indesejado”, disse Rafael Pacheco.
O policial penal se apresentou voluntariamente na 16ª Delegacia Regional de Linhares, entregou a arma que estava em sua posse para ser periciada pela Polícia Científica e foi liberado. O inquérito será instaurado na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Linhares.
Agente foi afastado das funções
O secretário de Justiça acrescentou que o agente que fez o disparo será afastado das funções durante a apuração do caso. “A Corregedoria acompanha o caso e o servidor deverá ser afastado das funções durante a apuração em curso até que as conclusões sejam apresentadas”, finalizou.
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Já o diretor-geral da Polícia Penal do Espírito Santo, José Franco Morais Júnior, lamentou a morte do preso.
“A decisão de proteger a sociedade evitando a fuga teve um desfecho que não gostaríamos. Os processos necessários para o detalhamento do caso serão instaurados para que haja total lisura e transparência”, disse José Franco.