Quatro pessoas foram indiciadas pela morte de Marlon Almeida, assassinado aos 23 anos, em junho de 2018. O inquérito, conduzido pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, foi concluído nesta semana.
Felipe Marcius da Paz Junior, vulgo João Frango, 21 anos; Rodrigo da Silva Martins, vulgo RD, 22 anos; Matheus Araujo da Paz, vulgo Teteu, 20 anos; e Kenni Rogger Ferreira dos Santos, 28 anos, são apontados como autores do crime. Um adolescente, que na época dos fatos tinha 12 anos, também teve sua participação confirmada.
Os quatro adultos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, corrupção de menores e associação criminosa qualificada. O procedimento referente ao adolescente foi encaminhado ao juízo da infância competente.
Os suspeitos maiores foram presos durante as investigações. Felipe, Rodrigo e Matheus respondem por crimes relacionados ao tráfico de drogas e porte de armas e cumprem prisão temporária pelo homicídio. Kenni foi preso no início de outubro deste ano, no mesmo local onde o crime ocorreu. Contra ele também havia um mandado de prisão temporária pelo homicídio.
“Os suspeitos são considerados perigosos. O Felipe e o Rodrigo eram os líderes do chamado tráfico da Bad Boy, grupo criminoso que dominava parte do tráfico do bairro Vila Garrido. Matheus é irmão de Felipe e, juntamente com Kenni e o adolescente, agiu sob comando dele e do Rodrigo. Com a conclusão do inquérito, representamos pela prisão preventiva de todos os maiores e a internação do adolescente.”, informou o adjunto da DHPP Vila Velha, delegado Daniel Belchior.
O crime
No dia 28 de junho de 2018, Marlon foi surpreendido pelo grupo criminoso quando estava no local conhecido como Beco do Inferninho, no bairro Vila Garrido, em Vila Velha. Os suspeitos estavam em um local próximo e, ao receberem a informação de que a vítima estava perto do beco, foram todos juntos e o executaram. Marlon foi morto com dez tiros.
“A investigação apontou que a motivação do crime foi a disputa por comando de pontos de tráfico de drogas. Eles acreditavam que Marlon tinha ligações com um grupo criminoso rival e decidiram matá-lo. Os suspeitos estavam errados. Marlon não tinha qualquer envolvimento com o tráfico”, explicou Belchior.