Após sobreviver a uma sequência brutal de agressões no último domingo (10), uma diarista, de 42 anos, moradora de Santa Luíza, em Vitória, relatou os momentos de terror vividos nas mãos do companheiro. Ela foi esfaqueada e teve parte do corpo queimado após uma briga. Após ter alta, ela ainda afirma
A vítima contou à equipe da TV Vitória/Record que havia trabalhado durante toda a manhã e, ao chegar em casa, ficou do lado de fora conversando com familiares. O celular, deixado dentro da residência, não foi atendido, o que provocou a ira do marido.
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Falei com ele que eu não respondi às ligações, nem às mensagens, porque o meu telefone ficou dentro de casa carregando. Nisso, eu estava com uma panela de pressão, para limpar um frango. Ele pegou a bacia do frango, jogou no chão. Eu mandava ele parar, mas continuava. Após isso, ele foi para o fogão, pegou a panela e jogou em mim. Caiu da minha cintura para baixo, disse a mulher.
Diarista esfaqueada: agressões
O homem, visivelmente alterado, ficou cada vez mais agressivo. Ele tentou desferir um soco, mas acertou a parede.
Ao perceber o risco iminente, a vítima conseguiu ligar para a polícia, deixando o telefone no bolso. Mesmo com a PM a caminho, o agressor não parou.
“Ele veio com a faca por baixo para me furar. Ele tentou acertar a minha barriga, mas me esquivei”, disse a vítima.
Ferida e ensanguentada, ela conseguiu escapar e encontrou a irmã do suspeito no corredor, a quem contou o ocorrido. Quando a Polícia Militar chegou, o homem teria enganado os agentes e fugido.
“A polícia chegou, subiu, falaram com ele, mas ele disse aos policiais que ele não era o agressor. Quando os PMs pediram reforço, ele conseguiu fugir do local”, afirmou.
Volta à casa e cárcere privado
Após receber alta hospitalar, a diarista, sem ter para onde ir, retornou ao imóvel onde ocorreu a agressão.
Sob efeito de medicamentos, ela acabou dormindo, mas a tranquilidade durou pouco. O suspeito voltou e manteve a mulher trancada na casa.
A vítima relatou que só conseguiu sair após entrar em um jogo psicológico com o agressor.
“Ele ficou me prendendo dentro de casa até uma e pouca da tarde. Foi quando eu resolvi falar para ele que eu iria pegar o telefone. Aí, eu saí sem minhas coisas”, afirmou.
Denúncia e esperança de recomeço
Nesta terça-feira (11), a diarista procurou a delegacia e registrou o caso. “Espero que eu consiga resolver minha vida“, disse a vítima.
A Polícia Civil informou que está investigando o caso e realizando buscas para localizar o suspeito. A vítima está recebendo acompanhamento especializado para lidar com os traumas sofridos.
*Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/Record