Dois jovens, suspeitos de participação no assassinato do sargento da Polícia Militar Neílton Santos, de 50 anos, em Cariacica, forma presos com a arma do crime. A polícia chegou até a dupla após um adolescente de 17 anos, acusado de ter atirado contra a vítima, confessar o homicídio e entregar os supostos comparsas.
De acordo com a polícia, a escopeta calibre 12 foi a arma utilizada para matar o policial. Ela estava com Tales Rodrigues Barbosa, de 18 anos, e Alexandre Izidoro Pezzine, de 26 anos. Os suspeitos foram encontrados em Guarapari.
O disparo contra o sargento teria sido efetuado pelo menor, que foi apreendido após uma denúncia anônima. Na casa dele a polícia encontrou a arma da vítima, uma pistola calibre 380.
Os dois suspeitos ainda teriam tentando fugir, mas não conseguiram. Depois de serem presos, eles levaram a polícia até uma casa no bairro São Gonçalo, em Cariacica, onde foram encontrados um revolver calibre 38 e uma submetralhadora. A utilização das armas no assassinato do militar também será investigada.
“A gente não pode afirmar que está solucionado, porque a gente ainda precisa escutar algumas pessoas, precisamos dos laudos periciais que confirmam o fato. Mas num breve período nós vamos concluir esse caso’, informou o delegado Marcelo Cavalcanti.
Para a polícia, com a prisão de Tales e Alexandre, e a apreensão do menor e das armas, foi dado um passo importante para resolver o caso. Outros suspeitos de envolvimento indireto no crime também são investigados. A tragédia abalou toda a corporação da Polícia Militar, que acredita não ter havido erro do sargento na tentativa de evitar um assalto.
“Ele adotou todos os procedimentos que são passados para todos os policiais que fazem o treinamento: procurar se abrigar e depois responder a agressão. Infelizmente ele não tinha toda a visualização do momento, e acabou sendo alvejado por um marginal que estava do lado de fora dando proteção aos outros dois marginais que estavam dentro do estabelecimento”, explicou o coronel da Polícia Militar, Ruy Guedes.
Já o secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, a polícia tem feito o seu trabalho. “Infelizmente a gente não pode impedir todos os crimes, mas seria muito bom que isso fosse possível. Quando eles acontecem a nossa obrigação é esclarecer e entregar a Justiça. Esse trabalho tem sido feito com muito esmero e muita dedicação”, destacou.