Polícia

"Dulcindo era tranquilo e de poucos amigos" diz vizinho do ex-militar morto em Guarapari

Com um velório rápido, o ex-policial será sepultado, às 14h nesta segunda-feira(12) no cemitério de Ponta da Fruta, em Vila Velha

Foto: Reprodução TV Vitória

Vizinhos falaram sobre a morte do ex-subtenente Dulcindo do Carmo Machado, expulso da polícia militar e assassinado no último domingo (11) em Guarapari. O ex-militar foi expulso da corporação no dia 1º de novembro por ser acusado de envolvimento com um roubo de armas na sede do sexto batalhão, na Serra. 

A vítima foi assassinada com vários tiros após sair de uma festa. Junto com ele estava Marcelo Lima Rangel, também morto a tiros e suspeito de tráfico de drogas.

Os vizinhos contaram que Dulcindo morava no bairro Ilha dos Bentos há muitos anos. No local, ele era visto como uma pessoa tranquila e de poucos amigos. Um morador que preferiu não ter o nome identificado afirmou que Dulcindo não era uma pessoa de confusão e que, para todos, a possibilidade do envolvimento da vítima com a criminalidade tem sido uma desagradável surpresa.

Ainda de acordo com o relato de um vizinho, o ex-subtenente estava separado, morava sozinho e de vez em quando recebia a visita dos filhos. Familiares estiveram na casa do ex-militar no fim da tarde deste domingo (11) para buscar documentos da vítima. E logo após o corpo dele foi liberado do Departamento Médico Legal de Vitória (DML).

Foto: Leitor | Whatsapp Folha Vitória

Familiares informaram que, devido a situação do corpo da vítima, o caixão não será aberto para a despedida. Com um velório rápido, o ex-policial será sepultado, às 14h desta segunda-feira(12) no cemitério de Ponta da Fruta, em Vila Velha.

A última entrevista da vítima

Em entrevista concedida poucos dias após a expulsão, o subtenente afirmou que tinha como provar que não teve envolvimento com o furto de armas na sede do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), na Serra, em 2015. Alegando inocência, Machado falou com a imprensa sobre a acusação de ter envolvimento com criminosos. “Eu prefiro trabalhar de ajudante de pedreiro do que sair da polícia com uma mácula dessa”, afirma.

Dulcindo tinha quase 30 anos de Polícia Militar. Ele entrou na corporação em 1989 e, há pouco tempo, se aposentou. Ele era subtenente no 4º Batalhão de Polícia Militar e foi expulso após a PMES concluir que o militar teve envolvimento com o crime. Sobre esse fato, Dulcindo diz que tem uma explicação. “Em primeiro lugar, eu não estou envolvido com furto de arma. O que houve é que um membro que eu investigava estava envolvido nesse caso”, falou.

* Com informações da repórter Nathália Munhão, da TV Vitória / Record TV.