*Correção: a matéria foi atualizada porque informava que o crime havia ocorrido em dezembro de 2021.
A investigação de um crime brutal registrado em dezembro de 2022, na Serra, ganhou um novo desfecho. Dois homens, de 19 e 25 anos, acusados do homicídio de Alefin de Almeida Miranda, de 27 anos.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
O crime ocorreu no dia 13 de dezembro do ano passado, na BR 101, na região do bairro Jardim Tropical, na Serra. No momento do crime, a vítima estava dentro do carro com seu pai, o filho, de 4 anos, e a enteada de 11 anos.
Ao todo, de acordo com a polícia, foram identificados quatro acusados, sendo dois detidos, um morto em confronto com a Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra e um está foragido. Os envolvidos já são réus em ação penal. As prisões ocorreram em março deste ano.
Roniel Rangel dos Santos Veríssimo, de 25 anos, foi preso no dia 21 de março e Daniel dos Santos, de 19, foi preso no dia 27 do mesmo mês.
Polícia explica como o crime aconteceu
De acordo com a polícia, Alefin estava no carro com o pai, o filho de quatro anos e a enteada de 12. A vítima estava no banco do carona, o pai dirigindo e as duas crianças no banco de trás.
A intenção era ir até uma agência bancária, em outro bairro, mas como o trânsito no dia estava intenso, o pai de Alefin decidiu cortar caminho por Jardim Tropical, porém, eles acabaram passando por uma zona de intenso tráfico de droga e que Alefin tinha inimigos.
Nesse momento, os quatro indivíduos, que estavam a bordo de um Ford Fiesta, avistaram o veículo da vítima, visualizaram Alefin no banco do carona e começaram a seguir o veículo pelas ruas do bairro Jardim Tropical. Próximo ao colégio municipal, eles fecharam o carro do pai da vítima. Três dos quatro criminosos desembarcaram armados, Roniel se aproximou do carona e efetuou disparos de arma de fogo praticamente a queima roupa na frente do pai e das duas crianças”, explicou o chefe da DHPP da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
Vítima foi morta por relação antiga com o tráfico
Após o crime, os quatro criminosos fugiram. Desesperado, o pai da vítima dirigiu até a BR-101, na tentativa de pedir ajuda, mas o rapaz já estava morto.
A polícia explica que embora Alefin estivesse trabalhando antes de ser morto, ele já tinha passagem por roubo no passado e também teve amizade com traficantes da região da Vala, no bairro Central Carapina.
“Existe uma guerra pelo tráfico de drogas entre as regiões da Vala, em Central Carapina, e Favelinha, no mesmo bairro. Por esse motivo, pelo fato de o Alefin residir na região da Vala e ter envolvimento com o crime no passado, ele foi reconhecido e morto pelos traficantes da Favelinha”, afirmou Sandi Mori.
Busca pelos criminosos
Após a morte de Alefin, a polícia começou o trabalho de buscas pelos quatro envolvidos. O primeiro a ser encontrado foi Wanderson Macedo Silva, de 24 anos. Ele dirigia o carro no dia do crime.
Wanderson foi morto durante um confronto com a DHPP Serra no dia 14 de dezembro, ou seja, um dia após a morte de Alefin.
Roniel Rangel dos Santos Veríssimo, de 25 anos, preso no dia 21 de março, foi quem atirou várias vezes contra a vítima.
Apontado como um dos homens mais perigosos da região de Central Carapina, Roniel já havia sido preso pela morte do irmão do Alefin, em 2017, ficou quatro anos preso, ganhou a liberdade, saiu da cadeia e continuo matando.
Também já está preso Daniel dos Santos, 19 anos. Ele foi preso em 27 de março e seria o responsável pela contenção, ou seja, por cercar o carro da vítima, para Roniel atirar.
Quem continua foragido é Daniel de Oliveira da Silva, de 23 anos, que também participou do crime.
Para a polícia, o homicídio em questão se trata de um crime de oportunidade. Alefin não era querido por alguns traficantes por causa do seu passado e passou no lugar errado e na hora errada.
Criminosos rabiscaram muro com siglas de facções criminosas
Dois dias após o crime, segundo a polícia, os acusados picharam o muro da casa da vítima com as siglas Primeiro Comando de Vitória (PCV), Bonde do Trem Bala (BTB) e Ponto Final (PF). Com intuito de intimidar o pai da vítima a depor.
Além de intimidar a família da vítima, Roniel, que efetuou os disparos, ainda gravou vídeos ostentando arma de fogo e comemorando a morte do rapaz.
Todos os envolvidos já estão com a prisão decretada e são réus no processo. A polícia reforça que Daniel de Oliveira da Silva ainda segue foragido.
* Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record TV