Polícia

"Ela chegou a me ameaçar de processo judicial", diz vítima de blogueira fitness em CPI

A vítima afirma que comprou três tênis - no valor de R$ 400 - anunciados no twitter da blogueira, mas não recebeu os produtos e nem teve o valor ressarcido

Foto: Ellen Campanharo/Ales | Montagem

A servidora pública Ilza Helena Dias, que afirma ser vítima da blogueira Natasha Vilaschi, foi ouvida nesta terça-feira (21) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, realizada na Assembleia Legislativa. Em seu depoimento, Ilza disse que a blogueira chegou a ameaçá-la de processo judicial.

Segundo a servidora pública, o filho dela, menor de idade, teria comprado três tênis anunciados no twitter da blogueira por um preço abaixo do mercado. A mãe alega que alertou o adolescente sobre a possibilidade de ser um golpe, uma vez que o preço era muito atrativo. Mas, por insistência do filho, Ilza disse que depositou R$ 400 na conta da blogueira, mas não recebeu os tênis, nem teve o valor ressarcido.

“Após o prazo de entrega, eu entrei em contato com ela pela internet e por telefone. Mas ela enrolava e não resolvia o problema. Ela chegou até me ameaçar de processo judicial. Então, fiz queixa na delegacia e no Procon. E descobrimos que ela tinha feito o mesmo com outras pessoas”, declarou Ilza Dias.

Natasha Vilaschi é suspeita de vender produtos pela internet e não entregá-los aos clientes. Ela foi convocada pela CPI para prestar esclarecimentos na sessão do dia 7 de maio – ocasião em que não compareceu, alegando problemas de saúde.

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Uma nova convocação foi agendada para o dia 28 de maio e, caso não compareça novamente, a blogueira poderá ser conduzida coercitivamente para ser ouvida pelos parlamentares.

Ao final da reunião, a CPI decidiu convocar também o advogado da blogueira, Fábio Maurício Freire, para prestar esclarecimentos.

O relator do colegiado, deputado Delegado Danilo Bahiense (PSL), alertou para ofertas muito atraentes encontradas na internet. “Quando o valor é muito baixo, o consumidor precisa desconfiar. Porque é assim que os criminosos atraem as vítimas”, afirmou.

A reportagem fez contato com Natasha Vilaschi por e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O Folha Vitória também tentou falar com o advogado Fábio Maurício Freire, mas não conseguiu.