Homenagens e revolta de familiares marcaram o enterro da servidora pública Damiana Santos, de 50 anos. Ela foi morta por espancamento e golpes com martelo em um sítio em Marechal Floriano, região Serrana do Espírito Santo.
O namorado, identificado como Leandro Kuster, de 42 anos, confessou o crime ao advogado e se entregou à polícia na tarde desta segunda-feira (20).
O corpo de Damiana foi velado na capela mortuária Santo Antônio, na mesma cidade. Ela era servidora da Prefeitura de Marechal.
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Segundo as investigações, há indícios de que houve relação sexual, mas a perícia ainda não confirmou as condições: se foi estupro ou consensual; se foi ainda em vida ou pós-morte.
Muito emocionada, a ex-sogra e avó do filho da vítima, Edna Alves, quer que a justiça seja feita e declarou que o acusado é um “monstro”.
“Eu quero que a justiça seja feita porque creio muito no Senhor Jesus. Ele não é ser humano, ele é um monstro. Damiana era uma pessoa dócil, uma pessoa legal, a gente se dava bem, mesmo com a separação do meu filho”, narra.
Filho da servidora assassinada passou mal
Ainda segundo Edna, ao saber da notícia da morte da mãe, o filho da vítima, de 9 anos, chorou, passou mal e teve que ser encaminhado para o pronto-socorro.
“Ele chorou muito, passou mal, levamos ao pronto-socorro. O médico fez uma medicação para ele e voltamos para casa. Ele dormiu a noite toda com o anel que a mãe usava”, descreve a ex-sogra.
Suspeito já havia agredido a vítima verbalmente
Segundo a irmã da vítima, Rosimar de Fátima dos Santos, o suspeito do assassinato chegou a agredir a Damiana verbalmente em ocasiões anteriores.
“Já teve agressões anteriores, ele com ela. Mas não de bater, mas com palavras agressivas”, declarou Rosimar.
Namorado ligou para advogada e confessou o crime
Segundo informações enviadas em nota da Polícia Militar, o advogado de Leandro foi até a sede do 2º Pelotão da 6ª Companhia Independente e informou aos policiais que o cliente teria ligado para ele dizendo que havia tirado a vida da companheira.
Após ouvir o relato, o advogado orientou que o suspeito fizesse contato com a Polícia Militar, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e aguardasse a chegada das equipes no local do assassinato, um sítio na localidade de Soído de Baixo.
Os militares foram ao local indicado e encontraram Damiana já morta, caída no chão do quarto, coberta por um lençol. O namorado dela, no entanto, não estava mais no local do crime. A perícia foi acionada para ir ao local. Ele só se entregou na tarde desta segunda-feira.