Familiares da diarista assassinada nesta quarta-feira (19), na Serra, afirmam que a vítima estava sendo ameaçada constantemente pelo ex-companheiro. Maria Madalena tinha 38 anos, conseguiu um emprego recentemente e tentava recomeçar a vida sozinha.
Segundo a irmã, Liliene Rosa dos Santos, a vítima, que tinha dois filhos, de 10 e 14 anos, passava por necessidades. “Meu filho e meu marido chegaram a pagar o aluguel dela. Ela não tinha ninguém. Eu havia conseguido um emprego e ela estava muito feliz”, contou.
A irmã afirma ainda que o ex-marido já vinha fazendo muitas ameaças à vítima. “Sempre foi uma relação muito conturbada, ele não deixava ela nem trabalhar. Ele foi o primeiro homem dela e não aceitava o fim do relacionamento. Já aconteceu dele ser preso pela Lei Maria da Penha. Nesse tempo, ela conheceu outra pessoa, se apaixonou e ele não aceitava. Inclusive ameaçava ela de morte de dentro da cadeia”, disse.
A família de Maria Madalena diz que a vítima chegou a ser obrigada a voltar com o ex-marido, pouco tempo antes de sua morte. “Ele ameaçou e mostrou uma pistola pra ela, então ela ficou coagida e aceitou ele de novo. Eles ficaram cerca de 15 dias juntos, mas ela não conseguia mais gostar dele”, disse a irmã.
Violência
A irmã da vítima concedeu uma entrevista à equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV aos prantos, afirmando que tentou ajudar a vítima e reforçando a importância da mulher não aceitar companheiros violentos, desde os primeiros sinais de agressividade.
“Pouco antes do crime eu cheguei a falar para ela pegar os filhos dela e sumir daqui, mas ela não acreditou em mim. Vocês, mulheres, quando forem ameaçadas, acreditem, porque minha irmã não acreditou. Se for ameaçada, não fique. Saia fora”, disse.