Detentos da Penitenciária de Segurança Máxima 1, localizada no Complexo Penitenciário de Viana, anunciaram greve de fome na manhã desta quarta-feira (26).
A Secretaria de Estado de Justiça confirmou que a mobilização acontece em três galerias do presídio, onde os presidiários se recusaram a receber a alimentação. Não foi informado o número de envolvidos no protesto.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias!
O comunicado foi feito por meio de uma carta que a reportagem do Folha Vitória teve acesso e que foi repassada a familiares dos presos. Nela, é explicado que a manifestação acontece por causa do tratamento recebido na prisão.
O texto menciona maus-tratos e torturas que estariam sendo praticados por parte de agentes penitenciários. As humilhações e assédios envolveriam também as famílias dos detentos.
“Aqui dentro da Penitenciária de Segurança Máxima 1 vem acontecendo torturas e espancamentos. Nossas famílias estão sendo expostas de forma abusiva onde até mesmo as nossas crianças estão tendo que ficar peladas durante as revistas. Humilhação tão grande que está levando nossas famílias a nos abandonar. Por isso decidimos fazer uma reivindicação pacífica, sacrificando nosso próprio corpo numa greve de fome para dar um basta nesta tirania“, diz um trecho da carta.
O que diz a Secretaria de Justiça
A Secretaria da Justiça (Sejus) foi procurada sobre a greve de fome e sobre o teor da carta. Informou que a Corregedoria da pasta apura as denúncias relacionadas aos agentes citados.
Acrescentou que a situação foi normalizada e a unidade já trabalha dentro da normalidade.
LEIA TAMBÉM: Vídeo mostra momento da explosão de artefato encontrado em carro, em Vitória
Reforça que não houve motim ou rebelião na unidade, nem maiores tumultos. Ressaltou que mantém padrões de vigilância, de forma rotineira, para impedir a entrada de drogas e materiais proibidos na unidade, sempre atuando dentro da legalidade.
A Sejus conclui dizendo que “reitera que todas as unidades prisionais do Estado são fiscalizadas pelos órgãos de controle da execução penal e que atua pautada na Constituição e na Lei de Execuções Penais”.