Uma farmácia no bairro Boa Vista, em Vila Velha, foi alvo de criminosos no início deste mês. Pode parecer um caso isolado, mas um levantamento do jornalismo da TV Vitória/Record TV aponta que, desde o início do ano, pelo menos 14 estabelecimentos foram assaltados na Grande Vitória.
Um funcionário de uma farmácia, que preferiu não se identificar, contou que até hoje lembra dos momentos de tensão que passou durante o assalto e que já foi roubado outras vezes.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Espírito Santo, Daniel Marchioli, acredita que houve um aumento nos registros deste tipo de crime, neste ano.
“Esse ano de 2021 eu tenho sentido que teve um ligeiro aumento. Eu não sei se é porque tem pouca gente na rua. Isso ajuda, porque eles ficam mais à vontade, já que as pessoas ficam mais trancadas em casa e não tem aquele movimento de antigamente”, disse.
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A importância do boletim de ocorrência
Daniel Marchioli ressalta que o número de crimes pode ser ainda maior já que as vítimas não registram boletins de ocorrência. Ele recomenda que os proprietários dos estabelecimentos comuniquem os assaltos aos sindicatos e à polícia.
“A maioria não registra na polícia porque é aquele assalto rápido. O cara chega, desce, pega o dinheiro do caixa e vai embora, aí, muitas vezes não levam uma quantidade significante de objetos”, contou o presidente do sindicato.
Investimento em segurança tem sido ineficaz
Os donos de farmácias investem em equipamentos de segurança com o intuito de amenizar os prejuízos, mas nem mesmo os gastos com câmeras de videomonitoramento e alarmes tem deixado os criminosos intimidados.
“Em horários com menos movimento na rua, podemos tentar trabalhar pela janela da farmácia. Sempre que tiver alguém sobrando no balcão é bom colocar alguém na porta para ficar olhando e tomar uma providência caso necessário”, disse Marchioli.
* Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV.