Um dos principais problemas encontrados nos presídios de todo o Brasil é a superlotação. Uma das medidas alternativas que poderia a ajudar a reverter esta situação seria o uso da tornozeleira eletrônica, o que não acontece no Espírito Santo.
Em março deste ano, a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) disse que uma empresa para monitorar eletronicamente os presos seria contratada. O prazo, que já terminou, era de 45 dias.
No Espírito Santo existem 35 penitenciárias, sendo 18 na Grande Vitória. Ao todo são 13.873 vagas, mas existem 19.524 presos. Quase seis mil a mais.
A Sejus suspendeu o contrato com a empresa que prestava o monitoramento de presos em julho de 2016. Desde a data, de acordo com a secretaria, 115 dos 7.900 presos provisórios do Estado são monitorados.
Para o Núcleo de Presos Provisórios da Denfesoria Pública do Estado, a falta das tornozeleiras no Espírito Santo contribui para deixar a situação do Sistema Carcerário ainda mais difícil.
Por meio de nota a Sejus informou que o processo de licitação para escolha de empresa que vai fornecer as tornozeleiras eletrônicas está em fase final e acrescenta que os equipamentos serão utilizados para o monitoramento de detentos condenados que cumprem pena em regime semi-aberto.