Polícia

Engenheiro vai a julgamento pelo assassinato de professora em Jardim Camburi

Patrick Noé dos Santos Filgueiras é acusado de matar a esposa, Danielly Benício, em dezembro de 2017. Caso chegou a ser tratado como suicídio

Foto: Reprodução TV Vitória

O engenheiro Patrick Noé dos Santos Filgueiras, acusado de matar a esposa, a professora Danielly Benício, de 36 anos, em um apartamento em Jardim Camburi, em Vitória, vai a júri popular. O julgamento será realizado sete anos após o crime, registrado em dezembro de 2017. 

Inicialmente, o caso foi tratado como suicídio, mas as investigações levaram a polícia a decretar a prisão do marido da vítima em janeiro de 2018 e a Justiça aceitar a denúncia em março do mesmo ano. 

Leia também: 

> Detento em saidinha temporária tenta assaltar taxista no ES e acaba preso

> Dono de fazenda em Linhares é preso após flagra de furto de energia

> Adolescente do ES se comunicava em inglês com grupos neonazistas no Whatsapp

As investigações apontaram que a vítima foi morta por espancamento com objeto contundente. O laudo apontou também que a mulher foi morta dois dias antes de ser encontrada em casa. 

Nesta quinta-feira (26), o juiz Carlos Henrique Rios do Amaral, titular da 1ª Vara Criminal de Vitória, descreveu que são existentes “indícios suficientes da prática de crime doloso, quando há intenção de matar”. A data do júri ainda será marcado. 

Relembre o crime 

Danielly Benício foi encontrada morta dentro do apartamento em que morava com o marido no dia 30 de dezembro de 2017. Segundo o Ministério Público, o casal havia tido um desentendimento, motivado por ciúmes do engenheiro.

O laudo apontou que a mulher foi morta dois dias antes de ser encontrada em casa. Além disso, câmeras de segurança do prédio mostraram o marido da vítima indo ao local com um amigo. As cenas flagraram Patrick entrando no apartamento e deixando o amigo do lado de fora.

Foto: Reprodução/Vídeo

Segundo a polícia, as cenas na sequência mostram Patrick saindo do local carregando uma mochila. Os moradores do prédio disseram que o relacionamento dos dois era marcado por brigas e reconciliações. 

De acordo com as investigações da polícia, na tarde do dia 29 de dezembro, Danielly e Patrick discutiram. Ele havia desconfiado que a professora estava trocando mensagens com outro homem. Por meio de um aplicativo espião, ele monitorava as conversas da esposa pelo celular e por isso houve uma discussão.

Após a discussão, Patrick deixou o apartamento, mas na mesma noite voltou ao local acompanhado de um parente. Depois de pegar algumas coisas, os dois saíram.

As imagens das câmeras mostraram que o suspeito entrou de novo, sozinho. Dois minutos foram suficientes para cometer o crime, segundo a polícia informou ao longo da investigação.

“Naqueles dois minutos que ele fica sozinho, foram os momentos que ele praticou essa ação violenta contra a vítima”, contou o delegado Janderson Lube, que na época era titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) e apurou o crime.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtor Web
Produtor Web
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória