Entre janeiro e setembro deste ano foram mais de 2000 registros de furtos e roubos no Espírito Santo. É o que aponta os dados da Secretária Estadual de Segurança Pública. A maioria dos casos aconteceram na Grande Vitória. São cerca de sete crimes por dia.
Mesmo com número elevado, de acordo com dados da GVBus, o Sistema Transcol tem registrado queda no número de assaltos desde 2018, quando foram registrados, entre janeiro e outubro, 397 assaltos. No mesmo período de 2020, foram 190 notificações.
A empresa explica que o número deste ano ainda pode sofrer alteração, já que a consolidação dos dados do mês de outubro não se encerrou. Os dados são baseados nos boletins de ocorrência registrados pelas empresas após os crimes.
A advogada especialista em segurança pública, Lorrana Gomes, repete a orientação da polícia: a vítima nunca deve reagir. “Embora a pessoa tenha um patrimônio envolvido, a vida é mais importante. O ideal é que a pessoa nunca reaja a ação do criminoso”, destacou.
Lorrana explica que as pessoas que forem alvos dos criminosos dentro dos coletivos podem buscar os seus direitos. Para isso, é importante reunir o máximo de provas. “É necessário que seja realizado um boletim de ocorrência imediatamente e que seja colhido o nome e número de telefone das testemunhas. A empresa do transporte coletivo deve impedir que a criminalidade chegue aos consumidores”, explica.
Ela alerta que, apesar da legislação não ser muito clara sobre o assunto, as empresas de ônibus têm responsabilidades. “A empresa do coletivo precisa promover a segurança dos consumidores, afinal é pago uma passagem. A responsabilidade se encerra a partir do momento que se observa que a gente não tem uma segurança pública que deveria ter”, afirmou.
A GVBus destacou que os consórcios investem em parcerias com o setor público e em tecnologias com o intuito de inibir a ação de criminosos e aumentar a sensação de segurança dentro dos coletivos. Dentre as ações, estão o encaminhamento de imagens de crimes registrados dentro dos ônibus para a polícia e a instalação de catracas duplas, que reduzem em até 92% o número de pulos, inibindo assim, a atuação de criminosos.
A Polícia Civil orienta que as vítimas do crime registrem a ocorrência em uma delegacia ou pela internet.
*Com informações do repórter Michel Bermudes, da TV Vitória/Record TV.