Uma testemunha que presenciou um policial militar agredir um homem no bairro Prolar, em Cariacica, narrou a cena, ocorrida na noite de quarta-feira (19). O caso aconteceu próximo a Cariacica-Sede e foi gravado por câmeras de segurança.
Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Vitória/Record, a testemunha, que não foi identificada, disse que os policiais chegaram para uma abordagem e “tudo estava correndo bem” at´é o momento em que questionaram qual era a rua que o rapaz morava.
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“Ele não conseguiu identificar a rua e começaram a oprimir o rapaz. Acharam que ele estivesse querendo desacatar, mas ele não falou nada, sempre com as mãos para trás”, descreveu.
A testemunha avaliou que os policiais estariam “provocando o rapaz”. “Fizeram isso para que pudessem ter uma justificativa para o ato (a agressão)”.
Câmeras de segurança flagraram a agressão
Em um vídeo obtido pela reportagem do Balanço Geral, o homem é abordado por três policiais militares e leva um tapa no rosto. Ele estava com as mãos para trás, sem algemas, no momento da agressão. O homem não esboça nenhuma reação, cai e fica imóvel.
Policial foi afastado do serviço nas ruas
Em nota, a Polícia Militar informou que teve ciência da ocorrência, bem como também das imagens, e abriu procedimento para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência.
A instituição ressalta que a formação dos policiais é orientada nos preceitos dos Direitos Humanos, na postura ética e moral. O militar foi afastado da atividade operacional e deslocado para funções administrativas, até a conclusão das apurações oficiais.
Em entrevista à reportagem da TV Vitória/Record, o comandante do 6º Comando de Policiamento Ostensivo Regional (CPOR), coronel Denadai, confirmou que o policial foi afastado e um processo administrativo já foi aberto.
“Assim que as imagens chegaram, abrimos um processo administrativo militar. O policial foi afastado e deslocado para funções administrativas. Apenas o policial que desferiu o tapa foi afastado e assim que tudo for esclarecido, tomaremos todas as providências”, disse o coronel Denadai.
Ao ser questionado sobre a motivação da abordagem feita pelos policiais, o coronel limitou-se a dizer que apurações sobre o caso serão realizadas.
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