Estudantes, familiares e amigos da professora Mirian Rocha Tavares Peixoto, de 40 anos, morta durante uma troca de tiros, foram às ruas pedindo justiça. Além disso, os manifestantes também cobram mais segurança, policiamento e câmeras nas instituições de ensino. De acordo com eles, os alunos têm medo de ir para a escola e professores têm medo de trabalhar.
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A concentração começou por volta das 9 horas na pracinha de São Torquato, em Vila Velha. O grupo seguiu para o Palácio Anchieta, no Centro de Vitória. De acordo com a Guarda Municipal, os manifestantes ocuparam apenas uma pista, não bloqueando o fluxo de veículos, mas o trânsito ficou lento. O movimento foi marcado pelas redes sociais.
O corpo de Mirian foi velado durante a madrugada desta quarta-feira (11), em clima de revolta e impunidade, na Igreja Maranata de Vila Garrido, também em Vila Velha. Ela morreu no início da tarde da última terça-feira (10), quando seguia para a escola Juiz Jairo de Mattos Pereira, onde lecionava, em São Torquato, quando começou a suposta troca de tiros.
A polícia suspeita que o tiroteio envolveu gangues rivais da região. O policiamento foi reforçado na região e até o helicóptero Hárpia, da Polícia Militar, foi usado nas buscas aos envolvidos na troca de tiros.
Mirian foi baleada nas costas. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital Evangélico, mas não resistiu ao ferimento. A vítima começou a trabalhar na escola na semana passada e, segundo os familiares, já havia comentado sobre a insegurança do local.
Segundo um primo de Mirian, Diogo Rocha, a professora chegou a cogitar abandonar a profissão. “Ela até tinha comentado que queria largar a profissão. O ambiente e as redondezas realmente não são muito atrativos”, disse.