O ex-assessor parlamentar assassinado em Guarapari era usuário de drogas há mais de 10 anos e, de acordo com familiares, tentaria se internar na próxima terça-feira (14). O corpo foi velado na manhã desta sexta-feira (10).
Uma igreja adventista localizada em Paturá, em Guarapari, foi o local escolhido pela família para velar o corpo de Jilson de Jesus Santos, de 39 anos. O ex-assessor parlamentar e influente na região de Setiba, foi assassinado com três tiros na noite de quarta-feira (08).
O crime foi registrado por câmeras de vigilância da região. Nas imagens é possível ver o momento em que um carro branco para em frente ao bar onde a vítima estava com alguns amigos.
Os suspeitos descem do veículo e tentam colocar Jilson à força dentro do carro, mas ele resiste e consegue escapar.
Depois de segundos, ele aparece correndo. Um dos criminosos atira três vezes contra a vítima que é atingida na cabeça.
Jilson cai na calçada e até demonstra sinal de vida, mas morre na hora.
Testemunhas contaram à produção da TV Vitória que ficaram muito surpresos com o que aconteceu, pois não é comum este tipo de crime na região. Ao ouvir os disparos, foram verificar o que havia acontecido.
Durante o velório, familiares contaram que não foram pegos de surpresa com o crime. Isso porque Jilson Santos era viciado em drogas há muitos anos. Ele tentou se tratar várias vezes em clínicas de reabilitação, mas não conseguia superar.
A família relatou ainda que para sustentar o vício, Jilson cometia pequenos furtos na região de Setiba, onde morava, e que a motivação do crime pode estar ligada ao fato dele ser usuário de drogas.
Vida mudou há 10 anos
Os parentes informaram que a vítima sempre foi uma boa pessoa, um excelente filho e trabalhador. Há 10 anos que a vida dele mudou quando foi morar em Minas Gerais. Nessa época, ele começou a usar drogas. Quando voltou ao Estado para morar com a família, já estava afundado no vício.
No último apelo, ele chegou a pedir ajuda a uma amiga e disse que iria tentar internar mais uma vez. Jilson faria uma espécie de processo seletivo na próxima terça-feira (14).
O ex-assessor parlamentar trabalhou na prefeitura entre 2015 e 2016. Além disso, liderou movimentos da causa LGBT na cidade de Guarapari e era bastante conhecido na região. Ele não era casado e não tinha filhos e morava apenas com a mãe.
A Polícia Civil do município investiga o caso e tem posse das imagens de videomonitoramento.
*Com informações da repórter Nathália Munhão, da TV Vitória / Record TV.
