O ex-marido da médica Gilcy Brandão, denunciado pelo Ministério Público Estadual de ser o mandante do assassinato da mulher, foi condenado a cumprir 21 anos e 10 meses prisão em regime fechado.
De acordo com as informações presentes na sentença final, Rogério Sepulcri Valadares, não preenche os requisitos para a substituição da pena privativa de liberdade ou para a concessão da suspensão condicional da pena. A prisão do réu foi imediata, logo após o julgamento do crime.
O promotor de eventos já tinha ido a júri popular em outra oportunidade e foi absolvido. Mas o Ministério Público Estadual (MPES) recorreu da primeira decisão e ontem Rogério Valadares voltou a ser julgado pelo crime e, desta vez, foi condenado pelo Júri Popular.
Segundo as informações dos autos, enquanto esteve com a vítima, o acusado a maltratava, tratando-a como objeto e descartando-a. Ainda de acordo com o processo, após perceber que a companheira não lhe concederia mais mordomias, o réu teria passado a arquitetar o crime.
Ainda foi ressaltada no teor da sentença, a maneira fria com a qual o acusado agiu, uma vez que, além de ter atraído a médica para o local do crime, cerca de vinte dias depois, ele teria ido passar o carnaval no Sul da Bahia, acompanhado de sua suposta amante.
Também ficou destacada a suposta articulação do acusado para dificultar que fosse prestado atendimento médico à vítima.
Entenda o caso
A médica Gilcy Brandão foi assassinada com um tiro no estacionamento do restaurante Rancho Beliscão, em Jardim Camburi. Ela entrava no carro quando foi abordada e morta. Na noite do crime, o marido da médica, Rogério Sepulcri Valadares, disse à polícia que a companheira tinha sido vítima de uma tentativa de assalto.