Polícia

Fábrica clandestina que vendia produtos de limpeza para hospitais é fechada na Serra

Segundo a polícia, produtos também eram usados para desinfecção de hotéis e residências. Local tinha péssimas condições de higiene e funcionava sem alvará

Foto: Divulgação / PCES

Uma fábrica de saneantes e produtos de limpeza foi fechada durante uma operação conjunta nesta sexta-feira (24). Segundo a polícia, a produção funcionava em um galpão, na Serra, sem as mínimas condições de higiene, limpeza e armazenamento dos produtos.

A titular da Divisão Especializada em Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), delegada Rhaiana Bremenkamp, explicou que uma equipe, composta por representantes da Secretaria de Saúde, Bombeiros, Vigilância Sanitária Estadual e Procon, tentou realizar a interdição do local, mas o responsável resistiu à ação da equipe. Desta forma, a DRCCP foi acionada.

“Quando chegamos vimos que não tratava-se de uma simples resistência. Ali ocorriam diversos crimes, ainda mais graves em época de pandemia, já que os produtos eram vendidos em larga escala para limpeza e desinfecção de hotéis, hospitais e residências”, explicou a delegada.

Produtos como cloro, desinfetantes e sabão em pó, entre outros, foram apreendidos. De acordo com a polícia, nenhum dos itens tinha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e todo o estoque, incluindo insumos, estava armazenado de maneira inadequada. Além disso, a Polícia Civil informou que a fábrica não adotava práticas adequadas de higiene para a produção dos saneantes e não possuía licença ou alvará de funcionamento.

O estabelecimento foi fechado e interditado, e o responsável, de 68 anos, foi autuado em flagrante por crime contra a saúde pública, contra o meio ambiente e contra as relações de consumo. Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.