Uma mulher suspeita de atuar ilegalmente como médica em Iúna, no sul do Estado, foi condenada a dois anos de prisão, em regime aberto, por causa do crime. Segundo a acusação do Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES), Alynne Amorim dos Santos utilizava um diploma falso, que teria sido comprado pela internet.
O MPF chegou até Alynne depois de ela mesmo ter denunciado o esquema de venda de diplomas falsos pela internet. Segundo o Ministério Público, ela confessou ao juiz que havia comprado o documento e que havia feito a denuncia anônima, que desencadeou a descoberta da fraude. O diploma de Medicina usado pela acusada era da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR).
O falso diploma foi apresentado na seccional do Conselho Regional de Medicina (CRM) em Cachoeiro de Itapemirim e, em seguida, enviado para a sede do órgão, em Vitória, onde deveria ser assinado pelo presidente para emissão do registro. Segundo a denúncia, Alynne chegou a trabalhar como médica em Iúna, mesmo sem o CRM.
Durante a conferência dos documentos, a PUC/PR confirmou que o diploma apresentado não era autêntico e que não havia qualquer registro na instituição em nome da suposta ex-aluna. Alynne foi condenada a dois anos de prisão em regime aberto, mas a pena foi substituída pela prestação de serviços à comunidade. Ela também pagará multa no valor de um salário mínimo.