Um homem foi preso pela Polícia Civil, suspeito de se passar por advogado para aplicar golpes envolvendo supostas ações judiciais, que poderiam chegar a ser trilionárias. As vítimas eram funcionários de grandes empresas de renome nacional. Segundo as investigações, a fraude consistia na cobrança de taxas para andamentos processuais de ações extintas.
A prisão do suspeito, de 42 anos, aconteceu na terça-feira (14). Ele foi detido por policiais da Divisão de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (DRCCP), na porta de um hotel em Jacaraípe, na Serra.
Segundo a polícia, o estelionatário dizia para as vítimas que conseguiria ganhar processos milionários e cobrava taxas dessas pessoas. Em um dos processos, datado de 1995, o suposto advogado chegou a pedir na Justiça R$ 40 trilhões.
“Ele fazia as pessoas acreditarem que ganhariam ações milionárias e as vítimas pagavam de R$ 100 a R$ 500 e ele informava que entraria com as ações, o que não ocorria”, disse a titular da DRCCP, delegada Rhaiana Bremenkamp.
“Existe realmente essa ação de ex-funcionários, só que é uma ação extinta. Ele consegue cópia da ação, consegue baixar por meio do site e, a partir daí, ele falsifica para querer informar que aquilo ainda estava ativo, que esses funcionários ainda teriam direito de entrar, solicitando esses valores”, acrescentou a delegada.
O homem é mineiro e já tem processos por estelionato contra ele em seu estado de origem. No Espírito Santo, segundo a polícia, o suspeito fez vítimas em diversos municípios.
O chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), João Francisco Filho, alerta a população sobre esse tipo de golpe. “É importante ressaltar que quando se depararem com uma proposta muito vantajosa, procurem informações sobre isso e não se tornem vítimas desse tipo de fraude”, explicou.