Polícia

Família de jovem morta por bala perdida durante carnaval ainda busca respostas

De acordo com a PM, a conclusão foi de que o militar se defendeu das agressões e não teve a intenção de atingir a vítima e, por isso, foi absolvido

Foto: Reprodução

Após quase dois anos da morte da jovem Jessika Pauli, a família da manicure, que se formaria em Direito este ano, resolveu falar sobre o caso, ocorrido no durante o carnaval do ano passado, em Guriri. Jessika foi morta com um tiro disparado por um policial durante uma briga em que ela sequer estava envolvida.

A família agora tenta buscar respostas para o que aconteceu. A mãe de Jessika conta que a relação com a filha era a melhor possível, pois eram muito próximas e companheiras. “Eu me sinto sozinha. Porque quando eu estava sufocada em casa, cansada, com problemas, eu ligava para ela e ela me buscava”, desabafa a mãe, Giovana Rosa Pauli. 

No dia do crime, segundo a mãe, o policial contou que na casa onde a jovem estava acontecia uma discussão. Em certo momento, o policial teria saído da residência. mas precisou voltar para pegar alguns pertences. Quando ele entrou na casa, uma briga corporal começou. O policial sacou a arma e fez um disparo, que atingiu de raspão a mão de outra mulher e acertou Jessika. 

A Polícia Militar informou que foi instaurado um procedimento administrativo para apurar o que aconteceu na época. A conclusão foi de que o militar se defendeu das agressões e não teve a intenção de atingir a vítima e, por isso, foi absolvido e trabalha normalmente. 

A Polícia Civil também foi procurada e informou que o inquérito foi concluído e encaminhado para a justiça em setembro deste ano. O Ministério Público solicitou novas diligências, que seguem em andamento. Já o policial foi procurado pela equipe de reportagem da TV Vitória, mas não quis se pronunciar.