A morte da jovem Iure dos Santos Faria, de 24 anos, assassinada pelo marido com um tiro na cabeça na última terça-feira (30), deixou os dois filhos da vítima traumatizados, segundo a família. O mais novo, de apenas seis meses, não consegue dormir. O crime aconteceu no bairro Normília da Cunha, região da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha.
Iure, que trabalhava como ajudante de cozinha, tinha dois filhos, sendo que o mais velho, de 5 anos, não era fruto do casamento com Antônio Leandro Bispo de Oliveira, suspeito de cometer o crime. A criança viu a mãe ser morta e quando pergunta aos familiares onde ela está, ouve a resposta que não a verá novamente. Foi o menino que confirmou à polícia o autor do disparo.
“Ele gritava muito. Viu a mãe ser morta. Leandro só se entregou porque o filho mais velho dela presenciou tudo”, disse um familiar que preferiu não ser identificado.
A morte de Iure aconteceu durante uma discussão. Ela trocava fralda do filho de seis meses. Quando a família foi colocar o bebê para dormir, na noite de quarta-feira (01), um dia após o falecimento da mãe, ele acordou chorando, assustado e será levado ao pediatra em breve para que os familiares saibam como devem ser os cuidados.
O corpo da ajudante de cozinha foi sepultado no fim da tarde de quarta-feira (01), no Cemitério Municipal de Ponta da Fruta, em Vila Velha.
Antônio Leandro, pai do bebê e então marido de Iure, se entregou à polícia no dia seguinte ao crime, acompanhado de um irmão e de um advogado, alegando que o disparo foi acidental. Ele foi autuado em flagrante por feminicídio. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), ele está preso no Centro de Triagem de Viana.