A família do vendedor ambulante, de 21 anos, que morreu ao ser baleado durante um assalto a um ônibus do Transcol em Cariacica, fez o reconhecimento do corpo na manhã desta quinta-feira (09). A mãe do rapaz conversou com a equipe de reportagem da TV Vitória/ Record TV e, agora, quer justiça.
A mãe do rapaz, Adriana Conceição, soube que o filho tinha sido baleado por meio de amigos dele.
“Fiquei sabendo pelos colegas dele que chegaram lá em casa gritando, falando que ele tinha sido baleado no ônibus e que precisava que alguém o levasse para o hospital”, contou.
Sem saber onde o filho estava, Adriana viveu momentos de muita aflição. Ela disse que procurou em vários hospitais, mas não conseguia notícias.
“Corri atrás de vir nos hospitais, mas eu fiquei a madrugada toda rodando e procurando nos hospitais e pronto atendimentos, e não achei”, relatou.
Por meio de uma reportagem, Adriana conseguiu descobrir que o corpo de Mateus estava no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
“Eu vou para casa descansar meu coração, porque se não achei nos hospitais ele só pode estar aqui (DML). Hoje vi a reportagem e vim direto para cá”, disse, com lágrimas nos olhos.
De acordo com a família, o rapaz era vendedor ambulante e foi morto com um tiro durante um assalto na linha 719, na última quarta-feira (08). Segundo a mãe, a renda do filho vinha da venda de doces nos coletivos.
“Ele sempre trabalhou de ambulante. Vendia bala, máscara, roupa. Então, sempre foi bem trabalhador. Sempre buscou ter o dinheiro dele”, desabafou.
De acordo com a Polícia Civil, o Transcol saiu do Terminal de Campo Grande sentido bairro Jardim de Alah. Os suspeitos embarcaram no terminal e, no bairro Santa Paula, anunciaram o roubo. Eles começaram a recolher os pertences dos passageiros.
Segundo a família de Mateus, o jovem estava feliz porque há uma semana ganhou um celular novo, depois de ter sido assaltado dias atrás. No roubo desta quarta-feira, ele demorou para entregar o aparelho e acabou baleado.
“Ele ficou desesperado porque tinha sido roubado. Ele conseguiu outro aparelho. O que as pessoas falam é que ele demorou pra entregar o celular e, por isso, foi baleado”, contou a mãe.
O motorista do coletivo tentou salvar o jovem e o levou até uma unidade de saúde, mas a unidade estava fechada e o rapaz não resistiu. Agora, a família espera por justiça.
“A gente espera a justiça de Deus e do ser humano também, porque é uma vida que estava ali. Eu sou mais uma mãe sofrendo. Isso acontece não só comigo, mas com outras mães também”, frisou.
O caso será investigado pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic).
*Com informações da repórter Jéssica Cardoso, da TV Vitória / Record TV.