Os familiares da jovem Bárbara Richardelle, assassinada a golpes de escavadeira em um canteiro de obras de Vila Velha, em março deste ano, realizaram um novo protesto na manhã desta terça-feira (17), em frente ao Tribunal de Justiça, em Vitória.
Com faixas e cartazes, familiares e a mãe de Bárbara, Selma Santos, se mostraram indignados com a liberdade do acusado do crime, Christian Cunha, ex-namorado da jovem, e pediram por justiça.
Este não foi o único protesto realizado por familiares da jovem nos últimos dias. No dia 08 deste mês, a família de Bárbara Richardelle participou de uma manifestação contra o aumento de mortes no Estado. Cerca de 720 cruzes foram fincadas na areia da praia de Camburi, em Vitória, para representar as vítimas de homicídios.
O protesto foi realizado no mesmo dia em que foi divulgada a decisão da juíza Paula Cheim Couto, sobre o pedido de revogação da liberdade de Christian.
“Liberação aconteceu dentro da lei”, diz pai do acusado
Em entrevista para a TV Vitória na noite do último dia 28, o pai de Christian Cunha, o microempresário Carlos Eduardo Azevedo, disse que a soltura do filho foi uma surpresa para a família. “Eu quero deixar claro que a liberação aconteceu dentro da lei. A liberdade provisória é boa, mas não ameniza o sofrimento da família. O chato é que estão dizendo que o dinheiro comprou isso, mão não foi. Eu trabalho muito para pagar meu aluguel, o meu filho trabalhava comigo, e isso não procede”.
E completou: “Eu também quero deixar claro que acredito que o melhor lugar para ele é preso, e eu falei isso para o meu filho. É o local mais seguro, porque não é matando e linchando o Christian que vão trazer a moça de volta”.
Entenda o caso
O corpo de Bárbara Richardele, de 18 anos, foi encontrado no dia 18 de março por moradores que passavam pela Avenida Darly Santos, em Vila Velha. O ex-namorado da vítima Cristian Cunha, de 19, confessou em depoimento ter matado a jovem.
Segundo a polícia, Cristian e Bárbara namoraram durante um ano e dois meses e terminaram 10 dias antes do carnaval. O motivo do crime seria o vazamento de fotos íntimas que a jovem mandou para o então namorado. O crime aconteceu na obra onde Cristian trabalhava, em Vila Velha. Após o crime, o rapaz resolveu ir ao outro lado da rua comprar um churrasquinho e um refrigerante, que teria comido ao lado do corpo.